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Estado de Minas

Traficantes do Complexo da Maré fugiram para o Paraguai, apontam agências de inteligência

Informações levam a crer que os três chefes do Comando Vermelho deixaram o conjunto de favelas dias antes da ocupação deste domingo


postado em 30/03/2014 17:07 / atualizado em 30/03/2014 17:29

Os principais traficantes das facções que atuavam na Maré deixaram o complexo de favelas dias antes da ocupação, apontam agências de inteligência. Sem nenhuma resistência, o controle do território pelo Estado foi retomado em apenas 15 minutos. Três chefes do Comando Vermelho (CV) estariam no Paraguai. A facção atua em quatro favelas da Maré: Parque União, Parque Rubens Vaz, Nova Holanda e Parque Maré. Os fugitivos são Luciano Martiniano da Silva, o Pezão; Marcelo Fernando Pinheiro Veiga, o Marcelo Piloto; e Luís Cláudio Machado, o Marreta. Pezão comandava a venda de drogas no Complexo do Alemão, e está foragido desde a ocupação da região, em 2010. Marcelo Piloto era o dono da Favela do Mandela, no Complexo de Manguinhos. Ele comandou o "bonde" que invadiu a 25ª DP (Rocha) e resgatou o traficante Diogo de Souza Feitosa, o DG, em julho de 2013. Já Marreta controlava as bocas de fumo no Complexo do Lins. Todas essas favelas já possuem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs).

Criminosos do segundo escalão do Comando Vermelho que atuavam na Maré teriam se refugiado na Favela de Antares, em Santa Cruz, zona oeste da capital; no Morro do Caracol, em Niterói, e do Salgueiro, em São Gonçalo (Região Metropolitana).

O Exército também já recebeu informações de que o CV planeja atacar viaturas quando os militares entrarem na região na semana que vem para substituir a Polícia Militar. Há ainda informes de ameaças de ataques ao quartel do CPOR (Centro de Preparação de Oficiais da Reserva), na Avenida Brasil, nas proximidades da Maré. Todas as unidades já teriam sido alertadas sobre os riscos de ataques.

Grande parte dos traficantes do TCP fugiu para favelas da zona oeste, onde a facção ainda é forte: Coreia, Rebu e Aço. Alguns estariam na Região Serrana do Rio. O TCP atuava em dez comunidades do Complexo da Maré: Vila do João, Salsa e Merengue, Conjunto Pinheiros, Vila do Pinheiro, Conjunto Esperança, Conjunto Bento Ribeiro Dantas, Morro do Timbau, Baixa do Sapateiro, Conjunto Nova Maré e Conjunto Maurício Dias. O TCP foi o maior prejudicado pela ocupação da Maré: além do grande território perdido, foi preso o chefão da facção, Marcelo Santos das Dores, o Menor P. O criminoso foi preso na noite da última quarta-feira pela Polícia Federal, numa cobertura de luxo na zona oeste da cidade.


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