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Estado de Minas

Cabral diz que PMs agiram de forma repugnante e desumana no Morro da Congonha

Governador lembra que os agentes têm direito de defesa, mas diz que comportamentos que contrariem os princípios básicos da polícia não ficarão impunes


postado em 18/03/2014 17:56 / atualizado em 18/03/2014 18:07

Moradores do Morro do Congonha protestam contra morte de mulher pela polícia, que depois foi arrastada por viatura(foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Moradores do Morro do Congonha protestam contra morte de mulher pela polícia, que depois foi arrastada por viatura (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse hoje (18) que os três policiais do 9º Batalhão da Polícia Militar (BPM) que colocaram Cláudia da Silva Ferreira no porta-malas de uma viatura, depois de ela ter sido baleada em uma operação no Morro da Congonha, em Madureira, zona norte da cidade, no domingo (16), "agiram de forma repugnante, desumana e vão responder criminalmente pela barbárie cometida". No caminho para o Hospital Carlos Chagas, o porta-malas se abriu e Cláudia foi arrastada. Segundo a Secretaria de Saúde, a mulher chegou morta ao hospital.

Cabral ressaltou que a atitude dos policiais contraria os princípios básicos que devem nortear o comportamento da polícia e, por isso mesmo, eles não ficarão impunes. “O que nós vimos ali foi uma atitude completamente desumana: do atendimento à forma como ela foi colocada na viatura. A barbaridade da queda - enfim uma cena completamente abominável. E eles vão responder por isso. Não haverá impunidade. Eles já estão presos e vão responder pela barbaridade”.

Depois de ver as imagens de televisão, o governador disse ter ficado com “uma sensação de choque, repugnância e perplexidade". Ele enfatizou que os policiais estão presos e vão responder pela barbárie, mas falou da necessidade de lembrar a todos que "a esmagadora maioria da polícia é contrária a ações desse tipo, e nós, nesses sete anos e três meses juntos, estamos fazendo grande esforço para pacificar comunidades e reduzir os índices de criminalidade”.

Sérgio Cabral lembrou que mais de 1.000 policiais foram punidos e afastados por conduta imprópria, durante seu governo, e garantiu que no caso da morte da auxiliar de serviços gerais Claudia da Silva Ferreira, "os envolvidos também terão que responder por todos os erros cometidos, e não apenas pela forma como a vitima foi conduzida". Cabral reafirmou que a Polícia Militar (PM) vai investigar, a sociedade vai cobrar: "Nós estamos em um Estado Democrático de Direito: tem investigação, tem ação, tem Justiça e tem punição". Mas "é evidente que eles [policiais] também têm direito de defesa”.

O governador não acredita que o ocorrido afete a confiança da população no trabalho que a polícia vem realizando, principalmente nas comunidades pacificadas. “O que a gente viu foi absolutamente desumano, mas eu não acredito que isto venha a abalar a confiança da sociedade na polícia. Eu tenho certeza absoluta de que a população reconhece o trabalho da polícia, e a forma como a comunidade da Vila Kennedy recebeu e celebrou a chegada da pacificação é uma prova dessa confiança.”


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