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Estado de Minas

Há 4 anos, moradores abriram comportas de usinas


postado em 23/02/2014 09:42

Em momento de fúria, cerca de 30 moradores do Parque das Nações, em Atibaia, invadiram no dia 29 de janeiro de 2010 a hidrelétrica do centro empresarial da cidade e abriram 40 centímetros de uma das duas comportas da barragem, construída no Rio Atibaia. A cidade estava debaixo d’água e famílias desabrigadas culpavam o represamento na usina como um dos vilões dos alagamentos.

Passados quatro anos, a mesma usina tem cenário completamente diferente. No lugar das águas que entravam nas comportas hoje só existe mato. Por onde caía uma queda d’água com cinco metros de altura é possível ver apenas um paredão de pedras. A usina também não produz mais energia - as bobinas ficam em uma sala empoeirada e sem nenhum operador.


Dentro da usina, duas casas ainda são ocupadas por antigos funcionários. “Aqui não tem mais água nem pra nossa luz”, brincou Robson Carvalho, de 51 anos, que hoje faz bico de jardineiro. Na época da invasão, ele lembra que moradores usaram cordas para puxar a madeira das comportas da barragem. “Parecia uma guerra, eles estavam loucos, não tinha polícia que pudesse pará-los.”

O jornal O Estado de S.Paulo acompanhou a invasão dos moradores à usina. Homens e mulheres se organizaram em caminhonetes com tração 4X4 importadas e jipes para chegar à usina. Seis homens com cordas ajudaram a puxar a madeira da comporta e liberaram uma vazão de 5 metros por segundo do Rio Atibaia, cuja água era represada para produzir energia.

Para os invasores, era o transbordamento da represa da usina que causava os alagamentos no Parque das Nações. “E era a usina mesmo, porque depois que abriram as comportas a água do rio baixou”, defende ainda hoje o pescador Moisés Araújo, de 61 anos.


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