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Estado de Minas

Chuvas atrapalham buscas a desaparecidos em Humaitá


postado em 01/01/2014 21:02 / atualizado em 01/01/2014 21:04

As chuvas intensas desta quarta-feira, 01, atrapalharam as buscas pelos três homens desaparecidos desde o dia 16 de dezembro na Terra Indígena Tenharim Marmelos, entre Humaitá e Manicoré, no sul do Estado do Amazonas. Os três amigos seguiam de carro pela rodovia Transamazônica (BR-320) e, segundo os moradores, teriam sido mortos pelos índios tenharim em represália ao suposto assassinato de um cacique.

Uma força-tarefa com homens da Polícia Federal, Força Nacional e Exército, além das polícias locais, patrulha a área e tenta encontrar indícios dos desaparecidos, mas o mau tempo impede o sobrevoo da área com helicóptero e dificulta a operação na mata com cães farejadores. Na tarde desta quarta-feira, as equipes se concentravam no km 135 da rodovia no interior da reserva, à espera de uma trégua no tempo para realizar mais um incursão pela mata.


A Polícia Federal dividiu o comando das operações na área. Para conduzir o inquérito que apura o sumiço dos três homens - o professor Stef Pinheiro de Souza, o comerciante Luciano Ferreira Freire e o técnico Aldeney Ribeiro Salvador -, e também a destruição do patrimônio federal pela população de Humaitá, foi designado o delegado Evandro Escobar. O delegado Alexandre Alves que estava no comando geral, passa a conduzir em tempo integral as buscas dos desaparecidos. Segundo a PF, o objetivo é acelerar os trabalhos e dar o quanto antes uma resposta às famílias dos desaparecidos.

Apesar de as autoridades terem atendido os apelos da população e iniciado as buscas, a situação continua tensa na região, conforme relatos de moradores e de familiares das vítimas. Atendendo a apelo do bispo de Humaitá, d. Francisco Merkel, líderes religiosos organizaram uma passeata pela paz na tarde desta quarta-feira. Moradores portando bandeiras brancas se concentravam no prédio da Universidade Estadual do Amazonas, de onde sairiam em marcha pelas ruas da cidade.

Desde a revolta ocorrida no Natal, quando a população incendiou a sede da Funai e a Casa do Índio, além de treze viaturas e um barco usados no atendimento a populações indígenas, persiste um clima de revanchismo contra os índios, que têm se mantido afastados da cidade.

Familiares das vítimas que desapareceram disseram que as buscas estão sendo manipuladas pelos índios para que as equipes não encontrem os corpos. Célia Leal Santos, mulher do técnico da Eletrobras, Aldeney Ribeiro Salvador, um dos desaparecidos, diz que as equipes receberam um mapa de onde estariam os corpos, mas não fizeram as escavações nos lugares corretos porque foram influenciados pelos índios.


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