No último sábado (21), Wilton de Azevedo, de 57 anos, se dirigiu ao guichê da KLM, companhia aérea associada à Air France, munido de todos os documentos necessários para viajar para Paris, na França. Ao tentar fazer o check in, no entanto, foi barrado pelos funcionários. Ele não poderia seguir viagem por causa da sua cadeira de rodas.
Para a empresa, a cadeira é considerada um acessório de risco e precisaria passar por uma vistoria antes do embarque.
O professor, que é também pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie, disse entender a burocracia, apesar de não concordar com o procedimento. De acordo com Azevedo, as passagens foram compradas pelos organizadores do evento o qual ele partiparia na França, que não indicaram que ele era cadeirante.
Impossibilitado de fazer qualquer alteração no bilhete, ele pediu, então, que alguém da companhia fizesse a vistoria da cadeira no aeroporto, mas não foi atendido. "Eu pedi que alguém da Air France viesse fazer uma vistoria completa na minha cadeira para que eu pudesse viajar. Mas não. Eu só posso viajar com a cadeira uma vez autorizada por e-mail", disse.
Ele questionou ainda, a funcionalidade do processo, já que, segundo ele, existem riscos na autorização não presencial do transporte. "Ninguém vai ver essa cadeira. Eu posso até mudar a bateria na hora de pegar o avião. Não tem ninguém no aeroporto que vem se certificar", completou.
O passageiro não seguiu viagem e se disse chocado com o ocorrido.
A companhia foi procurada pela reportagem do em.com.br e ficou de enviar em breve uma nota oficial sobre o caso.