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Estado de Minas

Exame mental pode absolver jovem que matou os pais em Olinda

Laudo apontou que Eduardo Cotias, acusado de matar o bispo Eward Robinson e Mirian Nunes, não tinha consciência do crime.


postado em 25/01/2013 09:14 / atualizado em 25/01/2013 09:21

Bispo Eward Robinson e a mulher dele, Mirian Nunes, foram mortos pelo filho(foto: Alex Fajardo/Divulgação)
Bispo Eward Robinson e a mulher dele, Mirian Nunes, foram mortos pelo filho (foto: Alex Fajardo/Divulgação)
Às vésperas de completar um ano do assassinato do bispo e líder nacional da Igreja Anglicana Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 67, e da mulher, a aposentada Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, 64, um exame de sanidade mental apontou que o filho do casal, Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, 29, responsável pelas mortes, não tinha consciência do crime que estava cometendo. O acusado está internado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP). O laudo pode determinar a absolvição dele pelos homicídios. A Justiça pode decidir por aplicar apenas uma medida de segurança, que, na prática, exige que ele passe até três anos internado. Depois disso, estará livre.

O laudo, confeccionado pela equipe do HCTP, informa que ele é portador de transtorno de personalidade e se encontra num quadro de depressão. “O estado mental oferece perigo à sociedade. O uso de toxinas comprometeu a capacidade de entendimento e autodeterminação”, diz o texto. Em outro trecho, o laudo explica que ele é doente mental em decorrência de uso de entorpecentes e que “era incapaz de entender o caráter ilícito dos fatos (assassinato dos pais)”. Ao final, é apontada a inimputabilidade do acusado.

A promotora Maria Carolina Jucá solicitou que fossem respondidos alguns questionamentos para compreensão mais ampla do laudo. “Só então terei um posicionamento sobre os exames”, informou. A juíza titular da Comarca de Olinda, Maria Segunda Gomes de Lima, explicou que após a fase de discussão do laudo irá decidir se o processo seguirá adiante - podendo o acusado ir à júri popular - ou se irá decidir apenas pela medida de segurança.

Memória

Eduardo Cotias assassinou os pais poucos dias após voltar dos Estados Unidos, onde viveu por 13 anos. Aos 16, querendo abandonar os estudos, ele foi enviado para a casa dos tios. Lá, teria se revoltado por se sentir abandonado pelo bispo e pela mãe e entrou para o mundo do vício das drogas.

Em 26 de fevereiro de 2012, o jovem foi visto na frente de casa amolando uma faca, o que chamou a atenção dos moradores, em Jardim Fragoso, Olinda. Teria ainda bebido e consumido cocaína excessivamente, segundo laudo do Hospital da Restauração. À noite, acompanhou os pais até a igreja, onde foi apresentado a todos como um filho querido que voltou de viagem.

Ao chegar em casa, trancou as portas e iniciou uma discussão com o pai - o primeiro a ser esfaqueado, segundo as investigações. A mãe tentou intervir, mas também foi vítima da fúria de um filho revoltado, que ainda teria tentado se matar.


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