A estreia na pele de um vilão foi com o personagem Rafa, de O primeiro amor. Marcos Paulo fez o líder de uma gangue de motociclistas. Em 1972, esteve no elenco do primeiro programa gravado em cores em um dos episódios do Caso especial, adaptado por Janete Clair. Na novela Uma rosa com amor, de Vicente Sesso, seu personagem vivia um romance com uma atriz mais velha e experiente, interpretada por Tônia Carreiro. Atuou também nas novelas Carinhoso, de Lauro César Muniz; Fogo sobre terra (1974), de Janete Clair; Gabriela (1975), de Walter George Durst; O Grito (1975), de Jorge Andrade; O casarão (1976), de Lauro César Muniz; e Nina (1977), de Walter George Durst.
Depois de um período dedicado aos estudos de direção, nos Estados Unidos, em 1978 iniciou a outra etapa da carreira. Atrás das câmeras foi responsável por pelo menos dois marcos da TV brasileira. Em parceria com Denis Carvalho e José Carlos Pieri, dirigiu Dancin’ Days (1978). Já ao lado de Gonzaga Blota, Paulo Ubiratan e Jayme Monjardim, fez Roque Santeiro (1985). Dentre os seriados nos quais atuou também como diretor, colaborou com a criação de Armação ilimitada (1985) e em alguns episódios de Você decide (1992).
Marcos Paulo voltou a trabalhar como ator em novelas em 1983, quando fez, em sequência, Eu prometo (1983) e Corpo a corpo (1984), de Gilberto Braga, e Sinhá Moça (1986), de Benedito Ruy Barbosa. Como o mocinho Rodolfo Garcia Pontes, conquistou o prêmio de melhor ator em Montreaux, na Suíça, no Golden Rose Festival. Outra atuação de destaque foi com o papel-título de O primo Basílio, adaptação de Gilberto Braga e Leonor Bassères, para o romance de Eça de Queiroz.
No final da década de 1990, assumiu o núcleo de produção da TV Globo. Foi responsável por novelas como Meu bem querer (1998), Força de um desejo (1999), Porto dos milagres (2001), O beijo do vampiro (2002), Começar de novo (2004) e Desejo proibido (2007). A última participação como ator em televisão foi como dr. Tadeu, em Começar de novo (2008).
Teatro Com a carreira focada em televisão, foram poucos trabalhos nos palcos. Em 1971, encenou Quando as máquinas param, de Plínio Marcos, e Deus lhe pague, de Joracy Camargo. Conquistou o prêmio Mambembe de diretor revelação, pela montagem de As gralhas, de Bráulio Pedroso, no final da década de 1970.
No cinema, estreou como ator em 1972, em Eu transo ... ela transa. Foram, ao todo, sete produções, entre elas participação especial no sucesso de bilheteria Se eu fosse você 2 (2009), de Daniel Filho. Ele estreou como diretor de cinema em 2010, no triller Assalto ao Banco Central. Como ator, a última atuação de Marcos Paulo foi no ainda inédito Faroeste caboclo, de René Sampaio, longa baseado na canção de Renato Russo.
Em números
Como ator
36 novelas
7 filmes
Como diretor
16 novelas
1 filme
Principais trabalhos atuando em novelas
» O morro dos ventos uivantes (1967)
» Sangue do meu sangue (1969)
» Gabriela (1975)
» O casarão (1976)
» Ciranda, cirandinha (1978)
» Roque Santeiro (1985)
» Sinhá Moça (1986)
» Brega e chique (1987)
» O primo Basílio (1988)
» Tieta (1989)
» O salvador da pátria (1989)
» Meu bem, meu mal (1990)
» Por amor (1997)
» Começar de novo (2004)
» Páginas da vida (2006)
» Desejo proibido (2008)