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Estado de Minas

Brasileiro tem novo perfil no exterior, diz embaixador dos EUA


postado em 06/09/2012 07:05

Diferentemente do que ocorria há 10 anos, quando para alguns brasileiros e mineiros, principalmente do Vale do Rio Doce, emigrar para os EUA, ainda que ilegalmente, era projeto de vida, hoje há um movimento de refluxo de ex-emigrantes. O embaixador dos EUA no Brasil, Thomas Shannon, considerou ontem, em Belo Horizonte, ser muito diferente o perfil do brasileiro que vai à América do Norte em relação aos mexicanos e aos centro-americanos. “A grande maioria dos brasileiros está legalmente nos EUA. Não está ilegalmente. E o brasileiro está lá em várias profissões. Há desde cientistas a trabalhadores. É uma diversidade nesse sentido bem interessante”, afirmou Shannon.

Para acompanhar os trabalhos voltados à instalação do consulado dos EUA em Belo Horizonte, Shannon veio ontem à capital mineira. Além de almoçar com o governador Antonio Anastasia (PSDB), o embaixador se reuniu com a equipe que atua no Centro de Atendimento às Solicitações e Visto (Casv). Em funcionamento desde maio, o Casv já recebeu 20 mil solicitações de vistos, das quais, 20% delas – cerca de quatro mil – foram concedidas sem a necessidade de agendamento de entrevistas nos consulados do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Recife ou mesmo à embaixada em Brasília. A movimentação do Casv de Belo Horizonte já representa 8% do número total de solicitações de vistos em todo o país.

Segundo Shannon, só no ano passado cerca de 1 milhão de turistas brasileiros gastou algo em tornou de US$ 7 bilhões nos Estados Unidos. “Isso marca o brasileiro como o quarto turista mais importante”, afirmou o embaixador, lembrando que canadenses, chineses e ingleses são, nessa ordem, as nacionalidades que mais gastam nas viagens à América do Norte. Dada a importância dos brasileiros hoje para a economia norte-americana, é objetivo da embaixada trabalhar junto ao governo brasileiro para um acordo recíproco para a isenção do visto.

Shannon lembrou que dos 95% das solicitações de vistos dos brasileiros são concedidos. Além do fluxo grande de brasileiros aos EUA, Shannon também considerou que com a Copa do Mundo e os jogos olímpicos, haverá grande movimentação de norte-americanos ao Brasil. “De maneira que podemos chegar a um ponto em que não precisaremos mais de vistos. Seria melhor para os dois países”, disse, acrescentando em seguida: “É um processo”.

Até chegar a esse ponto, entretanto, a Embaixada dos EUA trata de facilitar o acesso dos turistas aos vistos. E, para incrementar as relações comerciais com Minas Gerais, a instalação do consulado em Belo Horizonte está prevista para até o final de 2013 ou no mais tardar, início de 2014. Neste momento, as autoridades norte-americanas procuram o espaço físico para a sua instalação. “Há uma série de requisitos para identificar o prédio, o local. O público precisa ter acesso, em centros onde há transporte, estacionamento, que facilitem o movimento de pessoas. Temos requisitos também em termos de segurança”, afirmou Shannon.


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