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Estado de Minas

Corpos foram jogados a céu aberto em cemitérios no RJ


postado em 05/07/2012 21:13 / atualizado em 05/07/2012 21:15

Quatro pessoas foram presas nesta quinta-feira durante a Operação Dignidade, coordenada pela Secretaria de Segurança do Rio, para investigar denúncias de crime ambiental em três cemitérios de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Policiais da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) da Polícia Civil, do Batalhão Florestal da Polícia Militar, e da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico (Delemaph) da Polícia Federal, além de agentes da Secretaria Estadual do Ambiente realizaram a operação nos cemitérios do Pilar, de Xerém e do Corte Oito.

Segundo o delegado José Rezende, titular da DPMA, os presos são administradores dos cemitérios onde foram encontradas as irregularidades: Aline Pascoal Oliveira, Gabriel Ribeiro, Cássia Silva Santos e Ana Penha Souza. Nestes locais, foram constatados despejo de ossadas a céu aberto, o possível desaparecimento do corpo de uma criança de 5 anos (no Corte Oito), falta de licença ambiental, falta de alvará, irregularidade na lavagem dos corpos além do despejo irregular de necrochorume (produzido pelos corpos) diretamente no lençol freático.

Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que um delegado da instituição, Marcelo Nogueira de Souza, estaria à frente das irregularidades. Ele controlaria sete funerárias que expulsaram as concorrentes de Caxias e atualmente monopolizam a administração dos cemitérios municipais. O delegado estava cedido ao governo do Estado do Rio desde 31 de maio de 2007, mas no último dia 1º pediu exoneração. O ato foi publicado no Diário Oficial desta quinta-feira, e o delegado voltará a ser lotado na PF.

Souza não foi encontrado para falar sobre a denúncia. Ele será intimado a depor. O esquema da máfia das funerárias chegou a ser investigado numa CPI na Câmara de Vereadores de Caxias, durante a qual foram denunciadas irregularidades, como o esvaziamento de sepulturas antes do tempo legal de três anos; despejo de corpos e ossadas a céu aberto; venda de partes humanas e ossos a quilo; e a prática de preços muito superiores aos de mercado para sepultamento.


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