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Estado de Minas

Governador tem meta de desmatamento 'zero' no Pará

É absolutamente possível, mas não significa que seja simples, ponderou Jatene


postado em 15/06/2012 08:05

Um caso raro de gestão pública no Brasil promete se estender para o segundo maior Estado do país, pelo menos no que diz respeito a iniciativas ambientais. A cidade de Paragominas, surgida às margens da rodovia Belém-Brasília, era conhecida como a capital do desmatamento. Em poucos anos e graças à boa vontade política, ela se transformou em "município verde" e, agora, modelo a ser implementado em todo o Pará.

Em anúncio feito durante um dos eventos paralelos à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, o governador Simão Jatene (PSDB) assumiu a meta de desmatamento zero no Estado a partir de 2020. A proposta supera a meta nacional de 80%, firmada no Programa de Municípios Verdes em 2011. "É absolutamente possível, mas não significa que seja simples", ponderou Jatene.

Um dos pilares para concretizar tamanho desafio, segundo ele, é melhorar a eficiência das atividades pecuárias, distribuídas por 18 milhões de hectares das terras paraenses. "É uma bobagem falar que o desmatamento líquido zero é se opor ao desenvolvimento e que irá travar a expansão da economia, ao contrário, é dar racionalidade à ela. É levar produtividade das áreas que já estão abertas", defendeu o mandatário.

O governo local também pretende ampliar o número de imóveis no cadastro ambiental. Hoje, 50 mil propriedades estão regularizadas. Até 2009 eram cerca de 400, apenas. Uma ação no Ministério Público na época obrigou os frigoríficos a exigir os cadastros das fazendas. O salto foi imediato. Até 2014, a expectativa é ter 150 mil imóveis.

Em meio ao impasse que vive a finalização do texto a ser debatido pelos chefes de Estado na Rio+20, a promessa surge como uma das mais ambiciosas até agora, ainda mais por ser uma iniciativa estadual. "Eu sempre digo que eu não quero ser o motor da história, só não quero ir a reboque dela. Eu quero ir junto. Eu me sinto apenas como mais um homem que nasceu e se criou na Amazônia e que tenho, por toda experiência de vida, como ousar assumindo coisas desse tipo."


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