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Estado de Minas

Captura de morcegos em Olinda

Neste ano, foram registradas 42 agressões de morcegos a humanos. Centros de vigilância ambiental realizam ações de controle das populações desses mamíferos


postado em 14/06/2012 07:44 / atualizado em 14/06/2012 07:50

(foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press )
(foto: Edvaldo Rodrigues/DP/D.A Press )


Sessenta e um morcegos foram capturados e encaminhados para diagnóstico no Laboratório Nacional Agropecuário em Pernambuco, neste ano. Dois deles tinham o vírus da raiva. Nenhum era de espécie que se alimenta de sangue, o que não elimina a possibilidade de transmissão da doença a animais e humanos. Daí, a necessidade de reforçar a recomendação dos centros de vigilância ambiental: nunca se deve tocar ou tentar matar morcegos. Para proteção deles e para a sua segurança.

De janeiro até agora, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco registrou 42 agressões de morcegos a humanos, incidente considerado grave pelo Ministério da Saúde e que requer cuidados imediatos, com uso de soro e vacina. Em caso de ataques de morcegos ou quando forem observadas numerosas colônias desses mamíferos, deve-se acionar a equipe dos centro de vigilância ambiental do município. Com redes finas e negras, elas realizam capturas, em busca de hematófagos (aqueles que se alimentam de sangue).

O morador de Olinda Bruno Almeida solicitou uma visita dos veterinários e agentes do centro de vigilância ambiental da cidade após os cachorros da família sofrerem sucessivos ataques. Na casa dele, 15 foram capturados. Cinco foram encaminhados para diagnóstico sob suspeita de contaminação pelo vírus da raiva.

A ação de captura ocorre sempre à noite. Segundo a coordenadora da divisão de controle de zoonoses de Olinda, Karla Vieira, morcegos hematófagos encontrados podem ser mortos e encaminhados para diagnóstico ou receberem aplicação de pasta vampiricida e postos em liberdade para contaminar outros animais da colônia. Os morcegos com alterações de comportamento e cerca de 10% daqueles que não se alimentam de sangue também são mortos e enviados para estudo.

O último caso de raiva humana em Pernambuco ocorreu em 2008, após uma agressão por morcego. Esse foi o primeiro caso de cura da raiva humana no Brasil. O caso deu origem ao “protocolo de Recife para tratamento da raiva humana”, que começou a ser aplicado em todo o país.

Apesar dos possíveis riscos e da imagem negativa dos morcegos, das mais de 1 mil espécies, apenas três se alimentam de sangue. A maioria (70%) consome insetos e muitas têm importante papel na disseminação de sementes.


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