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Estado de Minas EMPRESÁRIO ESQUARTEJADO

Viúva diz que matou depois de agredida

Elize Araújo confessou que assassinou o marido, diretor da Yoki Alimentos, durante briga por causa de traição dele


postado em 07/06/2012 14:16

A prisão temporária de Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, que confessou ter matado o marido, Marcos Kitano Matsunaga, diretor-executivo da Yoki Alimentos, foi prorrogada por 30 dias. A informação foi confirmada pelo advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, contratado pela família da vítima. Elize, que é bacharel em direito e técnica em enfermagem, prestava depoimento no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) até o começo da noite de ontem. Antes disso, ela negava qualquer envolvimento com o crime. A polícia já havia informado que as investigações apontavam que Matsunaga traía a mulher e que o crime teria motivação passional. Há suspeitas, no entanto, de que Elize tenha tido ajuda para desovar o corpo – partes foram encontradas em pontos da Grande São Paulo, principalmente em Cotia.

No depoimento à polícia, Elize afirmou ter agido sozinha, matado e esquartejado o marido. O delegado Jorge Carrasco, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), informou que Marcos foi morto com um tiro na cabeça após uma discussão com a mulher: “Eles tiveram uma discussão conjugal por conta de uma traição. Segundo ela, houve uma agressão por parte do marido, fato que fez com que ela atirasse na vítima.”

De acordo com a polícia, a arma usada no crime não é uma calibre 765, conforme havia sido informado na terça-feira pelo próprio delegado, e sim uma calibre 380, que pertencia ao empresário. A arma será periciada. À polícia, Elize disse que após o disparo arrastou o corpo do marido até um banheiro da casa e o esquartejou, usando facas que estavam na residência. Uma perícia será feita no local, com base no testemunho da mulher.

Ainda em depoimento, Elize afirmou ter colocado os pedaços do corpo em sacos plásticos azuis de lixo, guardando-os depois em três malas. Pedaços do corpo foram desovados em uma estrada de Cotia, na Grande São Paulo. Elize afirma ter agido sozinha. Detida desde segunda-feira à noite, ela deixou a cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo, por volta das 9h10. Segundo seu advogado, ela passou a noite deitada, chorando, e não quis se alimentar.

A babá da filha do casal, que foi dispensada no dia em que o empresário provavelmente foi morto, também seria ouvida ontem. À noite, a perícia voltaria ao apartamento para tentar encontrar indícios de que o executivo foi assassinado no local. O empresário Marcos Matsunaga foi enterrado terça-feira. Não houve velório. No enterro, compareceram o pai, o irmão e alguns colegas. Abalada, a mãe não foi ao cemitério.

De acordo com o delegado do DHPP da Polícia Civil, Jorge Carrasco, o casal foi filmado por câmeras de segurança do prédio onde morava no início da noite de 19 de maio. Nas imagens, a vítima aparece na portaria para buscar uma pizza e logo em seguida não há registro do circuito interno do condomínio. Elize foi vista no dia seguinte, domingo, no fim da manhã, deixando o apartamento com três malas de rodinhas. Ela retornaria ao local no fim da noite, sem as malas.

SUSPEITO É INVESTIGADO

O marido de uma das três empregadas do casal Matsunaga é investigado pela polícia sob a suspeita de ter ajudado na desova de pedaços do corpo de Marcos Kitano Matsunaga. Uma empregada e duas babás frequentavam o apartamento onde o casal morava, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo. Eles têm uma filha de 1 ano, que está sob a guarda de uma tia. Apesar de Elize dizer que cometeu o crime sozinha, uma testemunha em Cotia, na Grande São Paulo, diz ter visto quando um motociclista, vestido de preto e em uma moto escura, jogou os sacos plásticos azuis onde estavam pedaços do corpo do executivo.


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