A Polícia Federal indiciou, nesta sexta-feira, sete pessoas como responsáveis pelo desabamento do Edifício Liberdade, na Avenida 13 de Maio, região central da capital fluminense, em janeiro deste ano. Mais dois prédios ruíram com a queda.
O presidente da empresa TO, Sérgio Alves, a funcionária Cristiane Amaral e o síndico do prédio, Paulo Renha, além dos quatro operários que trabalhavam no local, foram enquadrados nos crimes de desabamento culposo qualificado com homicídio culposo e por dano a bem tombado pela União, no caso, o Theatro Municipal que fica ao lado. A pena para os crimes pode chegar a quatro anos.
O inquérito, elaborado pela Polícia Federal, apontou que a causa principal da queda do prédio foi a obra que estava sendo feita pela empresa TO no 9º andar. O relatório concluiu que a retirada de paredes estruturais para expansão das salas ocupadas pela empresa afetou a estrutura do edifício. De acordo com Fábio Scliar, a presença de profissionais especializados na execução da obra poderia ter evitado o incidente "Não havia um engenheiro responsável, um arquiteto. Os contratados sequer eram pedreiros", ressaltou.
Para desvendar o paradeiro de cinco pessoas que ainda estão desaparecidas (17 morreram), Scliar adiantou que já pediu à Justiça a quebra do sigilo telefônico para confirmar se as pessoas estavam realmente no prédio. A queda do Edifício Liberdade e dos outros dois prédios de menor tamanho ocorreu há exatos quatro meses.