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Estado de Minas

Frio teria matado brasileiro encontrado morto em fenda do Vulcão Villarrica

Família espera liberação do corpo que deve ser enterrado em Brasília


postado em 05/03/2012 09:31 / atualizado em 05/03/2012 10:03

A dor e a agonia da família do engenheiro Felipe Santos, 28 anos, encontrado morto anteontem, em uma das fendas do Vulcão Villarrica, ainda não terminaram. Os pais esperam a liberação do corpo do rapaz para enterrá-lo em Brasília, cidade natal do jovem. O traslado deve ocorrer até a próxima quarta-feira. Um amigo da família contou à reportagem que os pais de Felipe desembarcarão no Brasil ainda hoje. Eles estavam no Chile para acompanhar as buscas pelo filho, desaparecido desde quinta-feira, quando deslizou mais de 500 metros na encosta do vulcão, localizado a 800km ao sul de Santiago.

Por telefone, Fredy Rivas, diretor regional do Escritório Nacional de Emergência do Ministério do Interior da Segurança Pública (em Temuco), revelou que o corpo só deverá ser liberado amanhã. “As últimas informações que tivemos é de que o corpo ainda está no Serviço Médico Legal de Pucón, sendo preparado para partir para o Brasil na próxima terça-feira”, afirmou. A equipe de plantão no Itamaraty não soube precisar quando ocorrerá a liberação para o traslado. Até o fechamento desta edição, o representante brasileiro no Consulado do Chile também não havia confirmado a informação.

O próximo passo é saber o que levou Felipe à morte. “As causas da morte estão sendo investigadas pelo Ministério Público e só devem ser oficialmente apresentadas em alguns dias”, adiantou Fredy. Autoridades, no entanto, suspeitam que o rapaz tenha morrido de frio. Citado pela emissora BBC Brasil, o diretor regional da Corporação Nacional Florestal do Chile (Conaf), Robert Leslie, reforçou essa possibilidade. “Os primeiros indícios são de que ele não morreu por causa da queda, mas de hipotermia. Após deslizar pela montanha, ele caiu numa cratera estreita, com gelo e de cerca de 7 metros de profundidade. Tudo indica que ele chegou ali vivo, pois tirou o relógio que usava e o guardou na mochila. A mochila não estava em seu corpo, mas ao lado dele”, disse Leslie.

Mau tempo
Eugenio Benavente, dono da operadora de turismo Patagônia Andina, contratada por Felipe para fazer o passeio, também acredita na hipótese de que o brasileiro tenha caído vivo. O problema foi a dificuldade e a demora em resgatá-lo. “Se não fosse o mau tempo e o tivéssemos localizado rapidamente, a história poderia ter sido diferente. Eu mesmo subi a montanha à noite para tentar encontrá-lo, mas as condições do clima não ajudaram e tive que descer”, disse.

Benavente ainda reforçou que, há 12 anos à frente da empresa, jamais viu um acidente como esse, o qual prefere se referir como uma fatalidade. “Ele tropeçou nele mesmo, caiu para frente, deslizou e o perdemos de vista. Em seguida, veio uma nuvem baixa que impediu toda a visibilidade e a chance de que pudéssemos encontrá-lo imediatamente.” Apesar de considerar seguro o turismo oferecido pela operadora, o empresário anunciou que encomendará sensores magnéticos nos Estados Unidos. A ideia é rastrear os turistas em expedições. Por meio do computador instalado em seu escritório, será possível encontrar qualquer pessoa que tenha desaparecido em algum dos passeios.


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