O jornalista Paulo Roberto Rodrigues Cardoso, de 51 anos, foi assassinado no início da madrugada desta segunda-feira, 13, em Ponta Porã, na divisa do Mato Grosso do Sul com o Paraguai. Dois homens não identificados dispararam 12 tiros com armas de calibre 9 milímetros contra a vítima e fugiram em uma motocicleta. Seis projéteis acertaram o profissional, que morreu por volta de 5h em um hospital da cidade situada a 320 quilômetros de Campo Grande, separada do Paraguai pela Avenida Brasil, onde aconteceu o homicídio.
A Polícia Civil não recebeu qualquer queixa de Cardoso e informou não existir antecedentes policiais que poderiam, envolvê-lo direta ou indiretamente com um "ficha suja na polícia". Imagens das câmeras instaladas na Avenida Brasil estão sendo analisadas e colegas da imprensa local estão sendo ouvidos sobre o assunto na Delegacia Central de Polícia Civil de Ponta Porã, principalmente repórteres das áreas política e policial, preferidas da vítima.
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) enviou nota, assinada pelo presidente da entidade Celso Schroder, ao sindicato da categoria na Grande Dourados, com jurisdição em Ponta Porã, lamentando o fato e solicitando providências urgentes no esclarecimento de mais "uma ocorrência de extrema violência contra os profissionais da imprensa brasileira". A nota acrescenta que Cardoso era bom profissional, respeitado na região e amava a profissão.