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Estado de Minas

Policiais grevistas na Bahia deixam a Assembleia Legislativa

O líder do movimento, Marcos Prisco, saiu pelos fundos do prédio


postado em 09/02/2012 07:18 / atualizado em 09/02/2012 10:18


Os policiais militares em greve que ocupavam a Assembleia Legislativa da Bahia desde o dia 31 de janeiro começaram a deixar o prédio por volta das 6h desta quinta-feira. A saída foi anunciada de madrugada pelo advogado Rogério Andrade, que defende alguns líderes do movimento. A saída é feita com calma e todos estão sendo revistados pelos militares do Exército que cercam o local desde a última segunda-feira. O tenente-coronel, Márcio Cunha, informou que uma varredura é feita no prédio para verificar as condições das instalações.



O líder do movimento Marcos Prisco, juntamente com outro manifestante já foram levados para as instalações da polícia do exército, em Salvador. Eles negociaram com governo a saída pelos fundos do prédio. Eles e mais 10 militares tiveram a prisão decretada pela Justiça. Depois de serem revistados, os policiais militares que não têm mandado de prisão, entram em seus próprios carros para ir embora.

Negociação

governo da Bahia propôs aos militares, em reunião na tarde da última terça-feira, o pagamento da Gratificação por Atividade Policial (GAP) conforme acordada no movimento grevista de 2001, ou seja, de forma escalonada até 2015. “A proposta é centrada no objetivo principal de estabelecer uma política de mobilidade no avanço entre os níveis da GAP até chegar ao quinto e último nível da gratificação criada em 1997. Também está inserida na proposta uma medida de valorização do soldo com a incorporação de R$ 41,00 da GAP 3”, diz a nota publicada no site do governo.


No entanto, o acordo não foi aceito pelos grevistas. Eles reivindicam que o pagamento das gratificações seja feita de uma vez só, e não até 2015. A proposta apresentada também prevê a não punição administrativa dos policiais grevistas. “O governo do estado também resolveu desconsiderar, pela via legal, como infração administrativa disciplinar as situações que envolvam, exclusivamente, a paralisação pacífica do serviço durante o período do movimento”, diz a nota.

População com medo

A greve dos PMs na Bahia começou em 31 de janeiro e o governo do estado solicitou auxílio da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o patrulhamento nas ruas e cercar o prédio da Assembleia, que havia sido tomado pelos grevistas. Desde o início da greve, o número de homicídios cresceu rapidamente, deixando a população e os turistas que visitam o estado frequentemente assustados.

Por causa da greve, as aulas estão suspensas nas escolas públicas e privadas, em alguns bairros, lojas de eletrodomésticos, alvo preferido dos saqueadores, estão fechadas. Cerca de 120 pessoas foram assassinadas desde o início da paralisação.


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