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Estado de Minas

Brasil terá centro de treinamento de cães-guia mantido pelo governo federal

A meta é que cada aluno treine seis cães-guia, que depois serão encaminhados aos instrutores. Esses profissionais serão responsáveis pela interação entre o animal e o deficiente visual


postado em 27/12/2011 14:32 / atualizado em 27/12/2011 14:34

A partir do segundo semestre de 2012, deficientes visuais de todo o país contarão com um centro de treinadores de cães-guia mantido pelo governo federal. Em janeiro, o Instituto Federal Catarinense, no campus de Camboriú, começa a construir o centro, que deve treinar cinco profissionais por turma.


A meta é que cada aluno treine seis cães-guia, que depois serão encaminhados aos instrutores. Esses profissionais, responsáveis pela interação entre o animal e o deficiente visual, também deverão ser formados no centro.

O projeto começou a surgir há três anos, quando a coordenadora do projeto, Márcia Santos Souza, conheceu um professor deficiente visual. “Nas conversas com ele, pensamos em fazer o projeto. Começamos a plantar uma sementinha pequena que foi se modificando. E o governo federal comprou a ideia”, contou Márcia, que coordena o Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas, ligado ao Instituto Federal Catarinense. Segundo ela, a meta é espalhar centros semelhantes em todas as regiões do país.

De acordo com Márcia, atualmente, existem outros centros de treinamento no Brasil, que surgiram por meio de iniciativas particulares de organizações não governamentais ou até do Corpo de Bombeiros de determinadas localidades.

“É uma experiência piloto, dentro do plano do governo federal para pessoas com deficiência. Será o primeiro centro de treinamento de cães com iniciativa do governo em toda a América do Sul", disse.

Apenas as raças labrador retriever e golden retriver podem ser treinadas para cães-guia. Passados 45 dias do nascimento, os filhotes são encaminhados a famílias que ficam responsáveis pela socialização do cachorro. “Eles são levados para shoppings, parques e até o trabalho. Fazem parte do dia a dia da família”, explicou Márcia.

Passada essa fase, os cães são levados para os centros de treinamento. E só ficam aos cuidados dos deficientes visuais depois de dois anos de iniciado o processo. “A parceria entre o cão e o deficiente é como um casamento. E, neste caso, os opostos não se atraem. Tem de ter
personalidade e estilo de vida iguais. É preciso juntar com harmonia para que a pessoa caminhe bem”, ressaltou a coordenadora do projeto.

As obras de construção do centro começam em 9 de janeiro e devem durar 150 dias. O custo total ficou em R$ 3,1 milhões.


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