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Estado de Minas

Vazamento de óleo preocupa pescadores do ES


postado em 08/12/2011 18:29

O presidente da Associação de Pescadores de Campo Grande, Litoral Norte do Espírito Santo, Adeci de Sena, denunciou nesta quinta-feira um vazamento no Terminal Norte Capixaba da Transpetro, subsidiária da Petrobras, no norte do Espírito Santo ocorrido nessa quarta-feira. Segundo ele, o vazamento atingiu a areia da Praia de Campo Grande, no município de Linhares. Em nota, a Transpetro confirmou o acidente.

"Foi detectado um filete de água oleosa nas proximidades da monoboia do Terminal Norte Capixaba, durante operação de manutenção", informou a companhia. Segundo a Transpetro, o vazamento aconteceu em uma área cercada por barreiras de contenção e, por isso, os vestígios de água oleosa foram rapidamente absorvidos. A companhia revelou ainda que comunicou o acidente ao órgão ambiental nesta manhã.

O presidente da associação conta que barqueiros viram manchas de óleo no mar e uma grande movimentação de helicópteros e barcos na plataforma desde quarta-feira, quando aconteceu o vazamento. O terminal está localizado a 3 km da costa. Apesar de técnicos do terminal terem informado à associação que o vazamento foi de pequena proporção, o presidente se mostrou irritado com a falta de orientações da estatal.

"Os pescadores levam seis horas para trazer a pesca que conseguiram em no máximo duas horas para evitar a área contaminada por óleo. O problema da Transpetro é não sentar com os pescadores para explicar o que vai fazer sobre vazamento. Nós dependemos da pesca para sobreviver", afirmou Adeci. A filha dele, Kelly Ramalho de Sena, de 20 anos, disse que hoje as manchas de óleo chegaram à areia e que funcionários de empresas terceirizadas da estatal executavam a limpeza.

Já o advogado dos pescadores, Maurício Pellegrino, declarou que vai juntar as informações aos processos já existentes. Segundo ele, três ações coletivas por dano ambiental contra a Transpetro já estão em andamento na Justiça. "Ocorre um vazamento a cada seis meses. Desde 2005, quando iniciou a operação do TNC, os pescadores apanham 30% a menos de peixes", lamentou.

Na nota, a Transpetro informa que todas as suas operações "respeitam os mais rigorosos padrões de segurança e respeito ao meio ambiente."


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