(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Mineira diz que viveu momentos de desespero no terremoto do México

A chef Fernanda Rocha viu as paredes do seu apartamento racharem e demorou horas para ter notícias do filho Enzo, que estava na escola


postado em 19/09/2017 20:48 / atualizado em 19/09/2017 21:09

Fernanda sentiu o apartamento tremer e correu para a rua, se juntando aos vizinhos(foto: Arquivo pessoal)
Fernanda sentiu o apartamento tremer e correu para a rua, se juntando aos vizinhos (foto: Arquivo pessoal)

O chão tremendo, as paredes do apartamento trincando e, do lado de fora, prédios caindo ou pegando fogo. A chef de cozinha mineira Fernanda Rocha, 36 anos, conta que nos 11 anos que mora na Cidade do México nunca viu um tremor semelhante ao desta terça-feira (19), que ocorre no dia em que se completam 32 anos tremor de 1985, o maior no país até então, que matou cerca de 10 mil pessoas.

“Foi um pesadelo, desesperador. Nunca vivi uma situação assim, nunca senti um terremoto tão forte”, conta Fernanda, que estava no seu apartamento, que fica no sexto andar de um prédio no bairro Fuentes del Pedregal.

Ela conta que havia um aviso aos moradores de que haveria uma simulação de terremoto nesta terça-feira pela manhã. Por isso, os alertas soaram por volta das 11h. Horas mais tarde, por volta das 1h15 veio o terremoto de verdade. “De repente comecei a sentir tudo se movendo e vi as paredes do meu apartamento rachando. Neste momento a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi que o prédio ia cair. Nunca vivi algo tão aterrorizante”, conta.

Fernanda e os vizinhos correram para a rua, já que a recomendação em situações de terremoto é ir para locais abertos. “É muito chocante ver todo mundo, senhoras como a minha vizinha de 89 anos e uma outra vizinha com um bebê no colo, todo mundo desesperado na rua chorando.”

Somente horas depois, Fernanda conseguiu saber notícia do filho Enzo, de três anos, que estava no refeitório da escola. Ela demorou duas horas para conseguir chegar até ele, já que o trânsito da cidade ficou um caos. “Foi outro momento desesperador, porque até este exato momento a gente continua sem linhas telefônicas e luz. O único meio de comunicação que temos é o whatsapp, então, não podia me comunicar com a escola para saber como meu filho estava”, diz.

A mineira diz que a situação na cidade é de caos. Centros comerciais, escolas e shoppings estão fechados e as pessoas estão nas ruas. Nem todas as linhas do metrô funcionam e falta transporte escolar para toda a população. Vários prédios caíram e outros foram incendiados ou estão com fuga de gás. “Escolas com alunos dentro caíram e fábricas foram incendiadas, é tudo muito triste”, lamenta a mineira. Por fim, Fernanda comemorou o fato de todos de sua família estarem bem.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)