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Estado de Minas

'Uma parede de fogo' surpreende os passageiros no metrô de Londres


postado em 15/09/2017 10:10

"Estávamos indo para o trabalho quando ouvimos uma enorme detonação": perto da estação de metrô de Parsons Green, no sudoeste de Londres, Charlie Craven ainda está impressionado com o novo atentado que atingiu sua cidade.

Como todas as manhãs, o jovem de trinta anos se preparava para pegar a linha District para a City, o coração financeiro da capital britânica.

"Eu olhei ao meu redor e a primeira coisa que vi foi uma espécie de luz laranja, como nos filmes. Pessoas gritavam sem saber o que estava acontecendo", relata à AFP, com as mãos ainda trêmulas.

"Tinha acabado de ouvir uma detonação (...) Eu olhei ao redor e vi essa parede de fogo vindo em nossa direção", conta Lauren Hubbard, de vinte anos.

No caminho para o trabalho, Louis Hather, de 21 anos, estava no vagão onde o dispositivo explosivo improvisado detonou por volta das 08H20 (04H20 de Brasília).

Ele descreveu para a AFP uma cenário de pânico: "pessoas gritando e correndo pelas escadas". Ferido na perna na confusão, conseguiu sair para a rua, onde "as pessoas choravam. O ar cheirava plástico queimado", disse, chocado, descrevendo "uma mulher levada numa maca numa ambulância com queimaduras por todo o corpo".

- Bairro isolado -

Os arredores de Parsons Green, localizado no bairro rico de Fulham, onde muitas famílias francesas se instalaram devido à proximidade das escolas francesas, foram imediatamente isolados pela polícia.

No início da tarde, uma dúzia de veículos das forças de ordem estavam estacionados na área, enquanto dois helicópteros sobrevoavam a região.

Os habitantes pareciam abatidos, como Lucy, que passeava com seu cachorro. "Não posso acreditar no que aconteceu aqui. Você sabe que pode acontecer, mas não perto de você", disse ela à AFP.

Solidários, os comerciantes afixaram cartazes oferecendo chá ou café, fornecendo seus banheiros ou tomadas elétricas para carregar os celulares.

Entre eles, Lucy, chefe de um salão de osteopatia. "É uma situação difícil, as pessoas estão estressadas, precisam conversar com suas famílias. Estamos apenas tentando ajudar como possível", diz calorosamente.

Os moradores impedidos de voltar para casa esperavam na calçada e olhavam seus smartphones em busca de informações.

"Eu não consigo acreditar que isso aconteceu aqui, é um bairro muito familiar", lamenta Alex W., aliviado por ter optado pegar sua bicicleta em vez do metrô esta manhã.


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