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Estado de Minas

Atentado com van em Barcelona deixa 13 mortos e mais de 100 feridos

O Estado Islâmico reivindicou o ataque em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda


postado em 17/08/2017 18:37 / atualizado em 17/08/2017 18:52

(foto: Lluis Gene/AFP )
(foto: Lluis Gene/AFP )

Pelo menos 13 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas nesta quinta-feira em Barcelona, quando uma van avançou sobre uma multidão em Las Ramblas, turística avenida da capital catalã, em ataque terrorista reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. "Nós podemos confirmar neste momento que que há 13 mortos e mais de uma centena de feridos", declarou à imprensa o ministro do Interior catalão, Joaquim Forn, ao revisar para cima o balanço de feridos, que era de cinquenta pessoas.

Até o momento, dois suspeitos foram detidos por vínculos com o atentado.


O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque em um comunicado divulgado por sua agência de propaganda Amaq e retransmitido pelo centro americano de vigilância dos sites extremistas, SITE.


Os autores "do ataque de Barcelona eram soldados do Estado Islâmico", indica o comunicado, apontando que "a operação foi realizada em resposta aos pedidos de alvejar os Estados da coalizão" internacional anti-extremista que atua na Síria e no Iraque.


Por volta das 17h locais (12h de Brasília), uma van atravessou a toda velocidade a mais turística das avenidas de Barcelona, onde turistas espanhóis e estrangeiros costumam passear.


MUITO SANGUE

"Estava ao lado, no Corte Inglés [loja de departamentos] e ouvi um barulho forte. Tentamos sair, mas não pudemos. Vi quatro, cinco corpos no chão e pessoas tentado reanimá-los, e muito sangue", contou Lily Sution, uma turista holandesa.


"Quando tudo aconteceu, saí correndo e vi destroços, quatro corpos no chão, pessoas socorrendo, gente chorando e também havia muitos estrangeiros que perderam os seus familiares", contou à AFP Xavi Pérez, de 26 anos e balconista.


Dois suspeitos foram detidos. O primeiro foi identificado pela Polícia como Driss Oukabir, disse à AFP um porta-voz do sindicato policial SUP. Depois, o presidente regional da Catalunha, Carles Puigdemont, informou um segundo detido, sem dar maiores detalhes.


O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) por meio de sua agência de propaganda Amaq e retransmitido pelo centro americano de vigilância de sites extremistas SITE.


"Os autores do ataque de Barcelona eram soldados do Estado Islâmico", indica o comunicado, apontando que "a operação foi realizada em resposta aos pedidos de alvejar os Estados da coalizão" internacional anti-extremista que atua na Síria e no Iraque.


Este ataque remete a outros atentados terroristas na Europa com veículos, como o de Nice em 14 de julho de 2016, quando um caminhão conduzido por um tunisiano foi lançado contra a multidão, matando 86 pessoas e deixando mais de 400 feridos.


O atentado provocou uma dura condenação da Casa Real espanhola.


"São uns assassinos, simplesmente uns criminosos que não vão nos aterrorizar. Toda a Espanha é Barcelona. Las Ramblas voltarão a ser de todos", reagiu o Palácio real no Twitter.


"Os terroristas nunca derrotarão um povo unido que ama a liberdade diante da barbárie", assinalou o chefe de Governo, Mariano Rajoy, que se deslocava até Barcelona junto com a sua vice-presidente e o ministro do Interior, confirmou um porta-voz do governo à AFP.


CENAS DE PÂNICO


Enquanto a área de Las Ramblas na segunda cidade espanhola se mantinha cercada por um cordão de segurança, a Polícia pediu à população que evitasse se deslocar. Inúmeros veículos de emergência e policiais estavam no local, constatou um jornalista da AFP.


Em meio a cenas de pânico, alguns feridos foram levados ao Corte Inglés, aparentemente para receber os primeiros socorros, indicou um jornalista da AFP. Os policiais pediam às lojas próximas ao local que deixassem os pedestres entrar e fechassem as portas.


Outros agentes evacuaram a Praça Catalunha, enquanto diziam por alto-falantes: "ataque terrorista".


As autoridades ordenaram o fechamento das estações de metrô e de trem próximas à zona, enquanto cancelavam todas as "atividades lúdicas" do dia na cidade.

Condenação internacional

O ataque também foi condenado internacionalmente.


"Estamos consternados com o ataque em Barcelona. O Brasil se solidariza com o povo espanhol. Nossos sentimentos à família das vítimas", escreveu o presidente Michel Temer em sua conta no Twitter.


"Os Estados Unidos condenam o ataque terrorista em Barcelona, na Espanha, e farão todo o necessário para ajudar", tuitou o presidente Donald Trump.


O presidente francês, Emmanuel Macron, transmitiu "a solidariedade da França às vítimas", enquanto a primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que seu país "apoia a Espanha contra o terrorismo".


O presidente russo, Vladimir Putin, pediu que o mundo se una "em uma batalha intransigente contra as forças do terror", após o violento ataque em Barcelona, informou o Kremlin.


"Nós pensamos com profunda tristeza nas vítimas do ataque revoltante de Barcelona - com solidariedade e amizade nos espanhóis", escreveu Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel, em sua conta no Twitter.


A Espanha, terceiro destino turístico mundial, permaneceu até agora à margem da onda dos atentados do grupo Estado Islâmico em grandes cidade europeias como Paris, Bruxelas, Londres, Nice e Berlim.


Mas em 11 de março de 2004 sofreu os atentados extremistas mais sangrentos cometidos na Europa, quando cerca de 10 bombas explodiram em vários trens de Madri deixando quase 200 mortos. Os ataques foram reivindicados em nome da Al-Qaeda por uma célula islamita radical.


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