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Estado de Minas

Advogado denuncia "desaparecimento" de viúva de dissidente chinês Liu Xiabo


postado em 03/08/2017 08:37

O regime chinês é responsável pelo desaparecimento e prisão da viúva do dissidente Liu Xiabo, reclusa desde o falecimento do Prêmio Nobel da Paz, acusou nesta quinta-feira o advogado americano do casal, que anunciou ter apresentado uma denúncia na ONU.

Liu Xia "está detida pelas autoridades chinesas em um lugar desconhecido" desde 15 de julho, dia do funeral do opositor, afirma o texto apresentado por Jared Genser ante o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários da ONU.

"Exijo que as autoridades chinesas forneçam imediatamente uma prova de que Liu Xia está viva e autorizem o acesso irrestrito a sua família, amigos, advogados e comunidade internacional", acrescenta Genser neste documento enviado à AFP.

Liu Xia, de 56 anos, estava em prisão domiciliar em seu apartamento em Pequim desde que Liu Xiabo ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2010, depois de ter sido condenado a 11 anos de prisão por "subversão" por exigir reformas democrática na China. Liu Xia nunca foi condenada ou processada.

Desde o dia anterior a morte de seu marido, Liu Xia não esteve em contato com qualquer membro de sua família, de acordo com Genser. O regime comunista publicou fotos dela tiradas durante o funeral de Liu Xiabo, mas desde então não revelou onde estava.

Liu Xiabo morreu de câncer de fígado em 13 de julho aos 61 anos em um hospital no nordeste da China, poucas semanas depois de ter sido posto em liberdade condicional por motivos de saúde.

Pequim, acusado de ser responsável pela degradação de sua saúde, não permitiu que o dissidente viajasse para o exterior para se tratar.

Liu Xiabo foi o primeiro Prêmio Nobel da Paz a morrer na prisão desde o pacifista alemão Carl von Ossietzky, que morreu em 1938, quando foi preso pelos nazistas.


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