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Estado de Minas

Atentado terrorista em Manchester deixa 19 mortos


postado em 23/05/2017 02:37

Ao menos 19 pessoas morreram e 50 ficaram feridas na noite desta segunda-feira, em um atentando em um show da cantora americana Ariana Grande na cidade britânica de Manchester, qualificado pela polícia de "ação terrorista".

"Até agora foram confirmados 19 mortos e 50 feridos", anunciou a Polícia de Manchester em um comunicado, informando que trata-se de "um atentado terrorista até que se prove o contrário".

Já o serviço local de ambulâncias informou no Twitter que há 59 feridos e que outras pessoas, com lesões mais leves, foram atendidas no local.

"Trabalhamos para determinar todos os detalhes do que está sendo investigado pela polícia como um horrível atentado terrorista", disse a primeira-ministra britânica Theresa May.

O líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn, lamentou "o terrível incidente de Manchester".

"Meus pensamentos estão com todos os afetados e com nossos eficientes serviços de emergência", escreveu Corbyn no Twitter.

May e Corbyn acertaram a suspensão da campanha visando as eleições legislativas de 8 de junho na Grã-Bretanha "até nova ordem", revelou o próprio líder trabalhista.

Após o ataque, a polícia realizou a explosão controlada de um objeto que continha roupa, e não uma bomba.

"Os agentes realizaram uma explosão controlada por precaução no jardim da catedral e verificaram que tratava-se de roupa abandonada".

A polícia recebeu o aviso da explosão na Manchester Arena, com capacidade para 21 mil pessoas, às 22H35 (18H35 Brasília).

A cantora americana têm grande apelo junto aos adolescentes e o público que assistiu ao show não passava, na maioria, dos 20 anos.

Ariana Grande disse no Twitter que está "despedaçada". "Do fundo do meu coração, sinto muito. Não tenho palavras".

"É tão triste, estava cheio de moças lindas", contou à Sky News Jenny Brewster, que acompanhou a filha em seu primeiro show.

Pouco antes das 23h00 locais (19H00 de Brasília), começaram a circular nas redes sociais notícias de explosões no pavilhão britânico, ao final do concerto, enquanto algumas testemunhas também falaram de disparos.

"Uma explosão e uma centelha"

"Eu e minha irmã, junto a muitos outros, estávamos vendo Arianda Grande se apresentar no Manchester Arena, e estávamos saindo do pavilhão por volta das 10H40-10h45 da noite, quando se ouviu uma grande explosão e todos tentamos fugir do pavilhão", relatou o espectador Majid Khan, de 22 anos.

"Todo mundo no lado do pavilhão onde se ouviu a explosão veio de repente correndo para nós", acrescentou.

Outra espectadora, Isabel Hodgins, disse à Sky News que "cheirava a queimado, tinha muita fumaça quando saímos".

Gary Walker, procedente de Leeds, disse à BBC que foi atingido por estilhaços e sua mulher tem um ferimento na barriga. "Escutamos a última canção e depois houve um estrondo e fumaça".

Elena Semino, que esperava sua filha de 17 anos, contou ao jornal The Guardian que "sentiu um calor no pescoço" e caiu. "Quando levantei havia corpos por todos os lados".

Cheryl McDonald, que assistiu o espetáculo com sua filha de nove anos, disse que "jamais sentiu tanto medo na vida". "Minha filha está muito, muito chocada".

McDonald descreveu a cena como "devastadora" em um local "repleto de crianças".

Jade Baynes, de 18 anos, contou que a Polícia mandou que saísse correndo do local. "Houve um forte estrondo e uma centelha, e todo mundo saiu correndo".

"Ariana Grande acaba de se retirar por trás da cortina e haviam ligado as luzes quando houve essa grande explosão e uma nuvem de fumaça. Vi cinco pessoas ensanguentadas", disse ao jornal The Guardian um jovem de Sheffield (norte da Inglaterra).

Após o ataque, a empresa ferroviária National Rail anunciou que "como a Manchester Victoria está perto do pavilhão, a estação foi evacuada e todas as linhas, fechadas".

O grau de ameaça de atentados no Reino Unido é "severo", o segundo mais elevado das autoridades, e significa que é altamente provável a ocorrência de atentados. O primeiro grau é "crítico", que se ativa em caso de ameaça iminente.

O ataque precedente no Reino Unido ocorreu em março, quando um homem lançou seu carro na direção de pedestres que passeavam perto do Parlamento, antes de matar um policial que vigiava o edifício, deixando no total seis mortos.

O atacante, Khalid Masood, 52 anos, cidadão britânico convertido ao Islã, foi morto pela polícia.

O pior ataque terrorista contra a Grã-Bretanha ocorreu no dia 7 de julho de 2005, quando quatro atentados suicidas coordenados em horário de grande movimento contra o metrô e um ônibus de Londres deixaram 56 mortos, incluindo os agressores, e quase 700 feridos.

- Reações -

As reações nas redes sociais foram imediatas.

Andy Burnham, eleito prefeito de Manchester, tuitou: "Meu coração está com as famílias que perderam seus entes queridos. Minha admiração aos serviços de emergência. Uma noite horrível para nossa grande cidade".

O prefeito da capital britânica, Sadiq Khan, declarou que "Londres está ao lado de Manchester". "Nossos pensamentos estão com os que morreram e ficaram feridos, e com nossos valentes serviços de emergência".

A princesa pop americana Taylor Swift, amiga de Grande, escreveu: "Meus pensamentos, minhas orações e minhas lágrimas estão com todos os atingidos pela tragédia desta noite em Manchester...".

A cantora Katy Perry está "rezando por todos os que estavam no show".

O governador de Nova York, Andrew Cuomo, declarou que "este evidente ato de terrorismo, que teve como alvo um show ao qual assistiam milhares de adolescentes e jovens, é um ataque inexplicável e detestável aos nossos valores universais como seres humanos".

"Um ataque a um é um ataque a todos, e Nova York se solidariza com o povo britânico e com nossos amigos em todo o mundo contra as forças do ódio e do terror", disse Cuomo, que determinou um reforço na segurança em áreas sensíveis do Estado.


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