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Estado de Minas

Suíça aprova abandono progressivo da energia nuclear


postado em 21/05/2017 13:07

Os suíços aprovaram neste domingo em um referendo o abandono progressivo da energia nuclear e o desenvolvimento de energias renováveis.

No total, 58,2% dos eleitores suíços apoiaram a mudança, de acordo com o resultado final.

Apenas quatro dos 26 cantões suíços registraram mais votos para o "não".

O projeto de revisão da lei é o resultado de um longo processo de reflexão iniciado depois do acidente nuclear de Fukushima, provocado pelo tsunami que afetou a costa japonesa em março de 2011.

A nova lei pretende estimular as energias renováveis como a hidráulica, a solar, a geotérmica e a biomassa

A votação abre o caminho para o governo implementar gradualmente as medidas a partir de janeiro.

Os partidários da mudança não esconderam a euforia ao constatar que as novas energias receberam tanta aprovação, depois que as últimas pesquisas sugeriram que o "não" estava ganhando espaço.

"É um dia histórico para o país", declarou à rádio pública RTS a deputada Adèle Thorens Goumaz, do Partido Verde.

"A Suíça entrará finalmente no século XXI em termos de energia", completou.

A questão parecia provocar menos interesse em relação a outros referendos, o fundamento da democracia direta suíça.

O índice de participação foi de 42,3%, o que está dentro da média dos últimos dois anos, segundo a agência ATS.

A estratégia energética do governo até 2050 é desmantelar os cinco reatores nucleares que produzem quase um terço da energia elétrica do país.

Mas as centrais nucleares suíças têm licenças de operação indefinidas e não existe uma data limite clara sobre quando fecharão as portas.

Em novembro do ano passado, os suíços rejeitaram acelerar a eliminação das centrais com o limite de sua vida a 45 anos, o que teria provocado o fechamento este ano de três das cinco centrais.

O novo plano energético não contempla um calendário claro para a eliminação completa da energia nuclear, mas tem um objetivo ambicioso para reduzir o consumo de energia e melhorar sua eficácia.

O projeto estabelece valores indicativos de consumo energético médio por pessoa em um ano, estabelecendo como base o ano 2000, com o objetivo de reduzir este valor em 16% até 2020 e em 43% até 2035

A primeira meta já foi praticamente alcançada, com um consumo de energia atualmente 14,5% menor que no início do século, segundo o governo.

O plano também inclui o aumento do uso de energias renováveis.


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