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Estado de Minas

Trump comemora com partidários primeiros 100 dias na Presidência


postado em 29/04/2017 18:46

O presidente americano, Donald Trump, se reencontra neste sábado com seus fervorosos seguidores em um evento com clima de comício na Pensilvânia, onde celebrará os primeiros cem dias de uma Presidência marcada por vários reveses.

"Os primeiros 100 dias da minha administração foram simplesmente os mais bem sucedidos de toda a história" dos Estados Unidos, disse Trump em mensagem de vídeo difundida pela Casa Branca.

"Penso que nenhuma pessoa fez o que nós fomos capazes de realizar em 100 dias, estamos muito felizes", declarou.

Mas o 45º presidente dos Estados Unidos, cuja eleição surpreendeu o mundo, tem enfrentado dificuldades para concretizar suas promessas de campanha.

Especialmente, a mais emblemática: abolir e substituir o "Obamacare", a reforma de saúde implementada por seu antecessor. Esta promessa ficou bloqueada diante das divisões da maioria republicana no Congresso.

Durante a campanha, Trump prometeu a expulsão de mais de 11 milhões de imigrantes em situação irregular, independentemente de sua situação familiar, e a construção de um muro na fronteira com o México.

O financiamento do muro precisou ser retirado esta semana de um projeto de lei orçamentária para evitar a paralisia do governo federal com a qual os democratas ameaçavam.

Reforma migratória sepultada

Sua chegada à Casa Branca sepultou as ilusões de uma reforma migratória, que tinha sido impulsionada pelo ex-presidente Barack Obama, e marcou o início de uma era de medo e insegurança para imigrantes ameaçados de expulsão.

"A segurança migratória é segurança nacional", disse Trump na sexta-feira.

Desde que chegou à Casa Branca, ele assinou também dezenas de decretos para reverter as medidas da Presidência de Barack Obama sobre a indústria ou o meio ambiente.

No entanto, o decreto que criou as maiores dificuldades foi o que assinou para proibir a entrada aos Estados Unidos de cidadãos de vários países de maioria muçulmana. Esta proibição foi bloqueada duas vezes pela Justiça.

A oposição democrata descreve o princípio do seu mandato como um desastre e um período muito grande de instabilidade, mas os republicanos comemoram como um feito a nomeação para a Suprema Corte do juiz conservador Neil Gorsuch, proposto pelo presidente.

Em uma tentativa de escapar das pressões do Salão Oval, o bilionário tem previsto reencontrar-se neste sábado, ao cair da tarde, com seus partidários em Harrisburg, Pensilvânia, um dos estados que lhe permitiram chegar ao poder em novembro passado.

Trump tuitou neste sábado que espera uma "grande multidão" e uma "grande energia" na Pensilvânia.

Marchas de protesto

Na capital, Washington, e em Nova York, na costa leste americana, dezenas de milhares de pessoas expressaram sua forte oposição ao presidente Trump e principalmente à sua polêmica política ambiental.

Uma multidão marchou em Washington do Capitólio (Congresso) à Casa Branca para exaltar a importância da luta contra o aquecimento global e denunciar os retrocessos demonstrados por Donald Trump nesta questão.

A "Marcha pelo Clima" foi celebrada por participantes de todas as idades, que reiteraram as fortes críticas ao presidente republicano, que nega taxativamente a ocorrência das mudanças climáticas.

O ator de Hollywood Leonardo DiCaprio participou da marcha em meio a um grupo de indígenas americanos, precedido por um cartaz que dizia "As mudanças climáticas são reais".

Alguns cartazes traziam dizeres de protesto, alterando o lema usado por Trump durante sua campanha - "Vamos fazer os Estados Unidos grandes novamente" - por "Vamos fazer os Estados Unidos geniais novamente", e outro, "Vamos fazer os Estados Unidos serem inteligentes novamente".

Milhares de manifestantes em Nova York organizaram uma marcha sob o lema "100 Dias de Fracasso" do governo republicano.

Neste sábado, um editorial do The New York Times, intitulado "100 Dias do barulho de Donald Trump", criticou a ignorância da política e das questões legislativas do presidente e advertiu para o risco que correm as instituições americanas.

"Governar até agora resultou em ser mais do que o senhor Trump pode lidar", escreveu o jornal.


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