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Estado de Minas

Bob Dylan tem até 10 de junho para decidir se aceita dinheiro do Nobel


postado em 28/03/2017 12:25

A Academia Sueca advertiu o vencedor do Nobel de Literatura Bob Dylan que ele tem até 10 de junho para apresentar o discurso de aceitação, caso deseje receber o dinheiro da premiação.

O cantor e compositor americano, de 75 anos, não compareceu à cerimônia solene de entrega do prêmio, no dia 10 de dezembro de 2016, e enviou apenas um discurso de agradecimento.

A Academia sueca, que concede o prêmio, espera um discurso de aceitação digno deste nome, que abriria o caminho para a entrega de oito milhões coroas (839.000 euros), parte do prêmio.

O discurso, chamado de "conferência/palestra Nobel", pode ser feito em qualquer formato, inclusive uma transmissão por vídeo ou uma canção.

Fã do cantos, a secretária permanente da Academia Sueca, Sara Danius, parece agora incomodada.

"Não tivemos nenhuma conversa por telefone com Bob Dylan nos últimos meses. Dylan sabe que deve fazer uma conferência Nobel até 10 de junho no mais tardar para receber o pagamento", escreveu em seu blog.

"O que ele decidir fazer é um problema dele", completou.

O artista tem três shows agendados na Suécia, dois deles em Estocolmo nos dias 1 e 2 de abril e o outro em Lund (sul) no dia 9. De acordo com Danius, as apresentações de Estocolmo estavam programadas muito antes do anúncio do Prêmio Nobel.

Bob Dylan permanecerá como o vencedor do Nobel de Literatura de 2016, independente de apresentar o discurso ou não.

"No que diz respeito à Academia Sueca está claro que o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura é Bob Dylan e mais ninguém", destacou Danius.

Contudo, se não seguir a tradição, poderá perder o prêmio em dinheiro.

Primeiro cantor e compositor a receber o prêmio, Dylan reagiu com um grande silêncio, um tema muito debatido na Suécia. Ele só falou sobre o Nobel duas semanas após o anúncio.

Depois, o artista explicou sua ausência na cerimônia de 10 de dezembro dizendo ter "outros compromissos", mas enviou um discurso de agradecimento no qual dizia estar "honrado por receber um prêmio tão prestigioso".

Um acadêmico, Per Wastberg, chegou a criticar o artista, chamando-o de "mal educado e arrogante", enquanto Sara Danius manteve a sua defesa.

Antes de Bob Dylan, outros premiados como Doris Lessing, Harold Pinter ou Elfriede Jelinek não compareceram a Estocolmo, mas realizaram a "conferência/palestra Nobel".

Maria Schottenius, crítica literária do influente Dagens Nyheter, considera que a Academia só pode culpar a si mesma. A atribuição do Nobel a um cantor, à custa de grandes escritores e poetas, "foi um erro de cálculo", disse à AFP.

No entanto, a aparente indiferença de Dylan não é de todo um sinal de desprezo. O homem de Minnesota simplesmente não gosta de grandes cerimônias, disse ela.

A mini-turnê sueca de Dylan coincide com o lançamento de seu novo álbum, uma coletânea de músicas de Frank Sinatra. "Triplicate" será o 38º álbum de estúdio do músico, mas o primeiro em formato triplo, e será lançado em 31 de março.


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