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Estado de Minas

Bancos europeus declaram mais de 25% dos lucros em paraísos fiscais, diz estudo


postado em 26/03/2017 22:01

Os 20 bancos mais importantes da Europa declaram um quarto de seus lucros em paraísos fiscais, sobretudo em Luxemburgo, Hong Kong e Irlanda, segundo um estudo da ONG britânica Oxfam publicado neste domingo.

Esses bancos "declaram 26% de seus lucros em paraísos fiscais, ou seja 25 bilhões de euros em 2015, mas somente 12% de suas receitas e 7% de seus funcionários, em um desajuste flagrante", destaca a ONG, que publica o estudo com a Fair Finance Guide International.

Esses mesmos estabelecimentos declararam "no total 628 milhões de euros (de lucros) em paraísos fiscais onde não há nenhum trabalhador".

Este "uso abusivo dos paraísos fiscais" pode permitir aos bancos "deslocar artificialmente seus lucros para diminuir sua contribuição fiscal, facilitar a evasão fiscal de seus clientes ou esquivar suas obrigações regulamentares", acrescenta a Oxfam.

A Oxfam considera paraísos fiscais Estados que aparecem nas principais listas sobre o tema, como a da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) e a do Fundo Monetário Internacional (FMI). Acrescenta também os países que têm impostos muito baixos.

Os autores do estudo se basearam em dados "país a país", cuja publicação é obrigatória para os bancos da União Europeia.

Esses resultados "que superam às vezes qualquer entendimento, demonstram a envergadura do problema e a impunidade total que cerca as práticas dos maiores bancos europeus nos paraísos fiscais", comenta Manon Aubry, uma das autoras do relatório.

Luxemburgo, Irlanda e Hong Kong estão os principais paraísos fiscais em que os bancos analisados declaram.

Na Irlanda, cinco bancos -o britânico RBS, o francês Société Générale, o italiano UniCredit e os espanhóis Santander e BBVA- "inclusive obtiveram uma rentabilidade superior a 100%", aponta a Oxfam.

Segundo o estudo, o imposto dos bancos analisados é de em média 6% e cai para 2% em alguns estabelecimentos, "muito abaixo da taxa normalmente em vigor de 12,5%, que já é a mais baixa da União Europeia".


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