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Estado de Minas

Socialistas franceses buscam candidato para conter avanço da direita


postado em 22/01/2017 11:40

A três meses das eleições presidenciais na França, o Partido Socialista governante e seus aliados celebram neste domingo o primeiro turno das primárias para eleger um candidato à presidência que contenha o avanço da direita e da extrema direita.

No total, 7.530 mesas de votação abriram às 09H00 (08H00 GMT) na França metropolitana. Os territórios de ultramar começaram a votar no sábado.

Dos sete candidatos à nomeação socialista destaca-se o trio, composto pelo ex-primeiro-ministro Manuel Valls e dois ex-ministros afastados do governo em 2014 por opôr-se abertamente às decisões econômicas do executivo, Arnaud Montebourg e Benoît Hamon.

Os dois candidatos que conseguirem o maior número de votos passarão para o segundo turno no domingo 29 de janeiro.

No entanto

, todas as pesquisas de opinião garantem que qualquer um dos candidatos socialistas será eliminado no primeiro turno das eleições presidenciais de abril.

As pesquisas apontam uma disputa entre o ex-primeiro-ministro conservador François Fillon, a líder da extrema direita Marine Le Pen e o ex-ministro da Economia Emmanuel Macron.

Um duelo Fillon-Le Pen em maio no segundo turno parece por enquanto o cenário mais provável.

- Mobilizar eleitores desiludidos -

Os organizadores das primárias esperam que uma forte mobilização do eleitorado impulsione o candidato socialista na corrida presidencial.

O presidente do comitê nacional que organiza as primárias (CNOP), Christophe Borgel, aponta a uma mobilização de pelo menos 1,5 milhão de pessoas, menos que os 2,7 milhões de eleitores das primárias socialistas de 2011, quando os militantes escolheram o candidato François Hollande.

Isso é bem menos do que os quatro milhões de eleitores das primárias da direita de novembro, que indicaram Fillon como seu candidato.

Os candidatos tentaram, em seus últimos encontros, mobilizar uma desiludida e rachada após o governo de François Hollande, o presidente mais impopular das últimas décadas.

Na sexta-feira, Valls criticou em Paris "as falsas promessas" de seus concorrentes. "A esquerda ganha quando é realista", disse, referindo-se à principal medida de Hamon, a criação de uma renda básica de 750 euros para todos os franceses.

Membro da ala direita do Partido Socialista, Valls, nascido na Espanha e naturalizado francês aos 20 anos, se considera o único capaz de evitar que os conservadores voltem ao poder em maio ou a vitória da direita populista de Le Pen.

Já Montebourg, um defensor do protecionismo econômico que disputa com Hamon a ida para o segundo turno das primárias, criticou em Marselha as promessas não cumpridas por Hollande, sobretudo as de políticas de austeridade, argumentando que isso poderá favorecer a eleição de Le Pen.

Os outros candidatos que concorrem nas primárias, com menos chances, são o ex-ministro da Educação Vincent Peillon, o ecologista François de Rugy, o ex-eurodeputado Jean-Luc Bennahmias e a candidata da esquerda radical Sylvia Pinel.

Todos os franceses inscritos nas listas eleitorais podem votar neste domingo, bastando pagar 1 euro e assinar uma declaração de adesão aos valores da esquerda.


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