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Estado de Minas

Rebeldes sírios chegam a Astana para negociações com regime


postado em 22/01/2017 10:40

Os membros da delegação de rebeldes sírios chegaram na manhã deste domingo a Astana, capital do Cazaquistão, para participar das primeiras negociações diretas com os representantes do regime de Damasco, constatou um jornalista da AFP.

O encontro, que começará na tarde de segunda-feira, será o primeiro entre emissários de Bashar al-Assad e uma delegação composta apenas por rebeldes combatentes. Os opositores políticos terão desta vez um mero papel de observadores.

O chefe da delegação rebelde, Mohamad Alloush, chegou à capital do Cazaquistão na manhã deste domingo, junto a uma dezena de chefes combatentes, entre eles Fares Buyush, do Exército de Idlib, Hasan Ibrahim, da Frente Sul, e Mamoun Hajj Mousa, do grupo Suqur al Sham.

A delegação rebelde, que a princípio deveria ser composta por oito membros, foi ampliada a 14 representantes, aos quais se somam 21 conselheiros, segundo uma fonte próxima à oposição.

Os dez enviados do regime, liderados pelo embaixador sírio na ONU, Bashar Jaafari, saíram de Damasco neste domingo, segundo a agência oficial SANA.

Os dois grupos garantiram que esta reunião buscará reforçar a frágil trégua em vigor no país desde 30 de dezembro, impulsionada pela Rússia, aliada de Bashar al-Assad, e pela Turquia, que defende os rebeldes.

As negociações de Astana, auspiciadas por Rússia, Turquia e Irã - este último, fiel apoio de Damasco - serão realizadas no hotel Rixos, onde os organizadores instalavam neste domingo uma única grande mesa circular na sala de reunião.

As duas delegações se reunirão pela primeira vez frente a frente em um mesmo lugar junto ao enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura.

De Mistura classificou neste domingo estas negociações de "boa iniciativa", segundo declarações citadas pelas agências russas.

Os ocidentais, por sua vez, terão uma presença mínima nas discussões: Estados Unidos, França e Grã-Bretanha estarão representados por seus embaixadores. A União Europeia também contará com uma presença oficial.

Estas negociações coincidem com a consolidação da posição do presidente Assad após a vitória do regime em Aleppo (norte), a segunda cidade do país.

"Há uma autêntica preocupação no seio da oposição de que os representantes dos grupos militares, que não estão acostumados com este tipo de negociações, se deixem levar por uma solução política das mãos do regime", admitiu uma fonte diplomática europeia.

Até agora, as múltiplas negociações que foram organizadas, principalmente Genebra I e II, fracassaram em sua tentativa de colocar fim ao conflito sírio, que já deixou mais de 310.000 mortos desde 2011.


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