(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Damasco envia reforços a Deir Ezzor contra Estado Islâmico


postado em 17/01/2017 22:52

O regime sírio enviou nesta terça-feira reforços militares a Deir Ezzor para tentar romper o cerco instaurado pelo grupo Estado Islâmico (EI), enquanto ataques aéreos mataram dez civis em um bairro desta cidade do leste da Síria.

Segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), o exército sírio enviou, no quarto dia de uma ofensiva do EI, tropas em direção ao aeroporto militar de Deir Ezzor, que está nas mãos do regime, mas totalmente cercado pelos extremistas.

O exército também pediu aos habitantes que fossem à linha de frente, mesmo que não tivessem recebido treinamento militar, segundo o OSDH.

De acordo com a ONG, dez civis morreram em um bombardeio contra um bairro de Deir Ezzor em poder do EI, o que eleva a 37 o número de óbitos entre a população desde sábado, quando começou a ofensiva.

Por sua vez, Bettina Luescher, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PMA) indicou a jornalistas em Genebra que desde domingo a entrega de suprimentos aos habitantes de Deir Ezzor por via aérea foi suspensa.

"Suspendemos as operações aéreas em Deir Ezzor por razões de segurança operacional. Há combates dentro e ao redor da zona onde as mercadorias são lançadas (...) é simplesmente muito perigoso", explicou.

Ela declarou que desde abril de 2016 o PMA lançou na zona 177 envios.

O grupo Estado Islâmico tomou em 2014 amplas zonas de Deir Ezzor e mantém sitiado desde janeiro de 2015 um setor controlado pelo regime, no oeste da cidade, onde vivem 100.000 pessoas, segundo a ONU.

Os habitantes só recebem suprimentos por via aérea, por isso a importância do aeroporto e a ofensiva do EI para tomá-lo.

Os extremistas conseguiram na segunda-feira isolar o aeroporto militar do resto dos bairros governamentais da cidade, segundo a televisão estatal síria.

Este setor é o único que não controlam em toda a província de Deir Ezzor, próxima ao Iraque e com gás e petróleo abundantes.

O geógrafo francês Fabrice Balanche, especialista na Síria, afirma que o controle do regime em Deir Ezzor alcançava 200 km2 entre a cidade, a zona desértica e o aeroporto, mas que o EI conquistou um terço deste território.

Segundo o OSDH, o EI utilizou "ondas" de bombas humanas no que é "o ataque mais violento" contra a cidade em mais de um ano.

Nos três dias de combates, ao menos 132 pessoas morreram, 37 delas civis, 37 combatentes do regime e 58 extremistas.

Na região de Damasco, um general e oito soldados morreram na noite desta terça-feira na explosão de um túnel em Harasta, segundo o OSDH.

"A explosão matou um general e outros oito membros das forças do regime, além de deixar vários feridos", informou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

"O túnel desabou e há 15 pessoas sobre as quais não se tem notícias", declarou Abdel Rahman à AFP.

A região de Guta Oriental, onde se encontra a cidade de Harasta, é um tradicional feudo de facções rebeldes, especialmente do grupo Jaish al-Islam, mas as forças do regime têm avançado significativamente na área, apesar do cessar-fogo em vigor na Síria desde 30 de dezembro.

Nesta terça-feira, as forças do regime assumiram o controle de dezenas de campos antes ocupados pelos rebeldes em Guta Oriental, e dispararam foguetes em direção a redutos rebeldes em Harasta.

No noroeste do país, a coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos realizou quatro ataques aéreos contra a cidade de Al Bab, em uma ação para apoiar as forças sírias que combatem o Estado Islâmico.

"Estos ataques são resultado da contínua cooperação com a Turquia e destruir estes objetivos é uma excelente oportunidade para nosso interesse mútuo", disse o porta-voz da coalizão, coronel John Dorrian.

Entre os alvos destruídos na região de Al Bab estão uma unidade e veículos táticos do EI.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)