Um dos objetivos das negociações de 23 de janeiro em Astana, auspiciadas por Rússia, Turquia e Irã, é consolidar o cessar-fogo na Síria, anunciou nesta terça-feira o ministro das Relações Exteriores russo, Serguei Lavrov.
"Um dos objetivos do encontro de Astana é, acima de tudo, evidentemente, consolidar o regime de cessar-fogo", declarou Lavrov em uma coletiva de imprensa.
"E depois iniciar a participação dos chefes dos combatentes no processo político", acrescentou o ministro.
Rússia e Irã, aliados de Damasco, e Turquia, que apoia grupos rebeldes sírios, anunciaram no dia 29 de dezembro um cessar-fogo na Síria e convocaram para 23 de janeiro negociações em Astana, capital do Cazaquistão, em busca de uma solução à guerra na Síria.
"Estimamos que os chefes dos combatentes em terras devem participar (no processo político) e não se deve limitar a lista aos grupos que assinaram no dia 29 de dezembro" o acordo de cessar-fogo, acrescentou Lavrov. "Os que querem se unir devem poder fazê-lo".
Os principais grupos insurgentes, sobretudo o Jaish al Islam, anunciaram sua participação nas negociações.
O Alto Comitê das Negociações (HCN), que reúne grande parte da oposição síria, anunciou que apoiava o encontro.
Moscou está elaborando a lista dos participantes. Até o momento, sabe-se que haverá representantes de Rússia, Irã e Turquia, que apadrinham o processo, e emissários de Damasco, assim como dos grupos rebeldes e da ONU.
Lavrov considera justo convidar a Astana representantes do novo governo de Donald Trump, que tomará posse como presidente dos Estados Unidos nesta sexta-feira.