Quarenta e duas pessoas foram resgatadas e 20 estão desaparecidas depois do naufrágio de um navio perto da ilha de Socotra no Iêmen, que transportava 60 passageiros, conforme anunciado nesta quarta-feira pelas autoridades.
O governo lançou um chamado de socorro aos navios de guerra e mercantes para que realizem uma "busca contínua", declarou à imprensa o ministro da Pesca, Fahd Kavieen.
O barco saiu do porto de Mukalla (sudeste de Iêmen) com destino a Socotra, e naufragou na terça-feira a aproximadamente 48 km a noroeste da ilha, situada no oceano Índico, segundo as autoridades.
Segundo a agência oficial Saba, citando fontes oficiais, havia 62 pessoas na embarcação.
"Umas 60 pessoas, entre elas crianças e mulheres, estavam a bordo da embarcação que também transportava pequenos barcos de pesca", contou Ahd Kavieen. O barco afundou devido a um "acidente", ressaltou o ministro sem dar mais detalhes.
"As equipe de resgate conseguiu salvar 42 passageiros, dentre eles quatro mulheres, mas continuam as buscas pelos 20 desaparecidos", afirmou a agência oficial Saba.
Os passageiros do barco são moradores de Socotra.
O presidente do Iêmen, Abd Rabbo Mansour Hadi, citado pela agência Saba, pediu às autoridades para "aumentarem os esforços e para ampliar o campo de operações do resgate".
De acordo com a Saba, dois passageiros foram resgatados por barcos com bandeiras austríacas e australianas. A agência não informou se as embarcações se tratavam de navios de guerra da força naval internacional que luta contra a pirataria marítima ao redor do Corno de África.
Os acidentes são frequentes na costa do Iêmen, e ao menos 79 imigrantes morreram em naufrágios apenas nesse ano, segundo a agência da ONU para refugiados, a Acnur.
Apesar da guerra no Iêmen, quase 106 mil pessoas atravessaram este ano o Corno de África para chegar a esse país, em sua maioria procedentes da Etiópia e Somália, segundo dados da Acnur.
Muitos deles trataram logo de viajar a outros países, como a Arábia Saudita.