As homenagens ao ex-presidente de Cuba Fidel Castro terminam neste domingo com o funeral em Santiago, berço da revolução cubana, onde a urna com os restos mortais do líder cubano chegou na tarde deste sábado. Fidel morreu na sexta-feira (25) e o corpo foi cremado no dia seguinte em uma cerimônia privada. O governo cubano decretou nove dias de luto para que o povo pudesse se despedir de Fidel.
Primeiro, os restos mortais de Fidel, morto aos 90 anos, foram levados do Ministério da Defesa de Cuba e transferidos por um pequeno recipiente coberto com a bandeira cubana para iniciar uma procissão de mais de 800 quilômetros.
Antes, as cinzas ficaram expostas na segunda (28) e na terça-feira (29), próximas no memorial José Martí, na Praça da Revolução, em Havana, onde a população prestou sua homenagem.
Na quarta-feira (30), um cortejo com as cinzas de Fidel Castro iniciou uma jornada de quatro dias por Cuba, partindo de Havana até a cidade de Santiago.
A caravana da Liberdade percorreu 900 quilômetros. As cinzas serão enterradas neste domingo (4), ao fim do período de nove dias de luto pelo homem que governou o país por quase cinquenta anos.
Maradona
Me sinto cubano", declarou o ex-astro do futebol argentino Diego Maradona ao chegar a Cuba para participar, neste final de semana, dos funerais do "seu segundo pai" Fidel Castro.
"Me parece que o mundo perdeu seu líder. Hoje existem muitos jogadores, mas ele era o dono do time, da equipe mundial dos políticos", declarou Maradona à TV estatal cubana.
"Hoje na América do Sul e mesmo na Europa não há um líder tão carismático ou que possa resolver o que ele resolvia", disse Maradona sobre Fidel.
Maradona mantinha uma grande relação de amizade com Fidel, cuja imagem traz tatuada na panturrilha. "Fidel não é apenas dos cubanos, isto diz um argentino".
A relação entre Fidel e Maradona remonta aos anos 1980 e a última visita do ex-craque ao líder cubano ocorreu há três anos. "Fidel não morreu, segue vivo em nossos corações", concluiu Maradona.