O Reino Unido consideraria pagar para manter o acesso ao mercado único europeu após o Brexit se houver essa possibilidade, afirmou um ministro nesta quinta-feira, alimentando esperanças de uma ruptura menos traumática.
O ministro responsável pela saída do bloco europeu, David Davis, foi questionado na Câmara dos Comuns sobre a possibilidade de "contribuir de alguma forma para acessar o mercado único" do bloco após deixá-lo.
Davis respondeu que o principal critério negociador é "conseguir o acesso mais amplo possível aos bens e serviços para o mercado europeu".
A libra esterlina subiu 1% - a 1,2645 dólar - após tais comentários, pela expectativa de que Londres mantenha alguns laços com seu maior parceiro comercial.
Uma porta-voz da primeira-ministra Theresa May negou que tenha havido uma mudança de estratégia e disse que "todas estas questões serão negociadas".
Mas o governo de May não deixou de insistir em querer controlar a imigração de cidadãos europeus, e os líderes comunitários respondem que as quatro liberdades de circulação - cidadãos, serviços, capitais e mercadorias - andam de mãos dadas.
As negociações devem começar quando Londres notificar oficialmente a sua vontade de deixar a UE, que, de acordo com May, acontecerá em março de 2017, no mais tardar.