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Estado de Minas

Parlamento tailandês convida príncipe a se tornar o novo rei


postado em 29/11/2016 09:01

O Parlamento da Tailândia convidou nesta terça-feira a Maha Vajiralongkorn, filho do recentemente falecido rei, a se tornar o novo monarca, pondo fim a várias semanas de incertas.

Falecido em 13 de outubro de aos 88 anos, Bhumibol Adulyadej era adorado pela maioria de seus súditos, que o viam como a garantia de um país muito atingido por crises políticas.

Várias semanas depois do prazo solicitado pelo príncipe, a espera terminou nesta terça-feira.

"Convido o príncipe herdeiro Maha Vajiralongkorn a subir ao trono para se converter no rei do povo tailandês", declarou Pornpetch Wichitcholchai, o presidente do Parlamento, ante os deputados designados pela junta no poder.

Os deputados levantaram para desejar "vida longa ao rei", antes de finalizar a sessão extraordinária

Pouco antes, o conselho de ministros havia proposto o nome do novo rei e, segundo o protocolo, o processo foi concluído pelo convite formal.

"O presidente da Assembleia Nacional poderá ser recebido em audiência real nesta quarta ou quinta-feira", anunciou o primeiro-ministro Prawit Wongsuwon, que também é o ministro da Defesa do governo militar, no poder desde um golpe de Estado em 2014 realizado em nome da lealdade à monarquia.

A cerimônia da coroação deve levar um ano para ser realizada, depois da cremação do corpo do rei Bhumibol.

Após a morte do pai, Maha Vajiralongkorn pediu um tempo antes de ser proclamado rei.

O príncipe de 64 anos é o sucessor desiganado desde 1972.

O fato de o príncipe ter solicitado tempo antes de ser proclamado rei provoca inquietação entre os tailandeses.

Instabilidade

Os analistas acreditam, no entanto, que o clima de instabilidade criado pela morte do rei não vai fazer com que o regime militar desista de realizar as eleições anunciadas para 2017.

A última década do reinado de Bhumibol foi marcada por uma grande instabilidade política, com dois grupos em disputa: as elite ultramonárquicas (identificadas como os "amarelos") e os partidários do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra (os "vermelhos").

O último de uma longa série de golpes de Estado, em maio de 2014, foi executado sob a alegação de proteger a monarquia. As Forças Armadas estavam preocupadas em blindar o cenário político com a aproximação da sucessão.

O príncipe herdeiro é menos conhecido e venerado pelos compatriotas que o pai e até agora morava a maior parte do tempo na Alemanha. Foi designado para suceder o pai em 1972.

Sua personalidade, ao que parece um pouco instável, também provoca debates, inclusive entre os conselheiros do palácio e os generais no poder, destacam os analistas.

Mas os tailandeses só falam do príncipe de maneira privada. Uma lei rígida reprime os crimes de lesa-majestade, que podem resultar em penas de prisão para os detratores da realeza.


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