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Estado de Minas

Delação da Odebrecht na Lava Jato é freada por desacordo com EUA


postado em 24/11/2016 17:07

A delação em massa de executivos do grupo Odebrecht por sua atuação na rede de corrupção da Petrobras, investigada na Operação Lava Jato, está travada por divergências sobre a multa que deve ser paga nos Estados Unidos, onde a empresa também é investigada.

"Está tudo pronto, mas apareceram entraves sobre a multa a ser paga nos Estados Unidos e isso está atrasando o fechamento do acordo. Provavelmente deve ser reaberto a partir de segunda-feira, porque hoje é feriado nos Estados Unidos", disse nesta quinta-feira à AFP uma fonte com acesso às negociações.

A compensação total que a Odebrecht pagará "gira em torno de 2,5 bilhões de dólares" pelas infrações cometidas às leis de Brasil, Estados Unidos, Suíça e existe uma disputa entre Washington e Brasília sobre como será distribuída, acrescentou.

A esperada confissão de mais de 70 funcionários do grupo de engenharia, em troca da redução de suas penas, é um barril de pólvora para o mundo político brasileiro, pois espalhará acusações sobre 200 pessoas, incluindo políticos de quase todo o espectro político, governadores e altos funcionários, segundo a imprensa.

O iminente fechamento do acordo alarmou o Congresso Nacional.

Com mais de 50 deputados investigados pela 'Lava Jato', a Câmara cogita aprovar um emenda que permita uma anistia de crimes ligados ao Caixa 2 - doações não declaradas diante da justiça eleitoral - que costumam usar para lavagem de dinheiro.

A Odebrecht, que chegou a ser uma das maiores construturas da América Latina, era um agente financeiro importante para muitos políticos, segundo a investigação que revelou o escândalo de corrupção que deixou um rombo de mais de 2 bilhões de dólares na estatal.

Seu ex-presidente, Marcelo Odebrecht, considerado um dos empresários mais influentes, está preso há 16 meses em Curitiba, onde cumpre pena de mais de 19 anos por integrar uma organização criminosa e cometer os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O acordo poderia encurtar drasticamente a sentença.

O Petrolão foi definido pelos investigadores como uma confabulação entre construtoras e partidos para manipular licitações e superestimar as obras da Petrobras, para depois distribuir entre 1% e 3% do valor dos contratos.


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