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Estado de Minas

Insulza renuncia como agente em Haia e lança pré-candidatura presidencial


postado em 23/11/2016 18:31

O ex-secretário-geral da OEA José Miguel Insulza renunciou, nesta quarta-feira, ao seu cargo como agente chileno na Corte Internacional de Haia, onde enfrentou durante um ano a demanda marítima da Bolívia, para lançar sua pré-candidatura à Presidência chilena.

Horas depois de oficializar sua saída da equipe jurídica do Chile, Insulza confirmou que se lançará como candidato do partido socialista nas primárias da coalizão governista Nueva Mayoría para as eleições de 2017.

"Estou disponível para participar das decisões do partido socialista e escolher seu candidato a presidente da República", anunciou Insulza em coletiva de imprensa, confirmando boatos que circulavam há semanas.

Ex-secretário da Organização de Estados Americanos (OEA), Insulza disputará, possivelmente, com o ex-presidente Ricardo Lagos (2000-2006) as primárias socialistas, em uma precoce corrida eleitoral que tem o ex-presidente de direita Sebastián Piñera liderando a preferência nas pesquisas, apesar de ainda não ter confirmado sua candidatura.

O chanceler chileno, Heraldo Muñoz, agradeceu a "sólida marca e o trabalho responsável" do diplomata e destacou que com a resposta aos demandantes, apresentada em setembro na Corte Internacional de Justiça (CIJ), Insulza liderou uma "etapa decisiva" do processo.

Ainda assim, anunciou que o advogado Claudio Grossman ocupará o cargo do agente chileno em Haia, assegurando a continuidade do trabalho realizado ao nomear um dos homens que colaborou com Insulza na formulação da resposta aos demandantes.

Insulza agradeceu a presidente Michelle Bachelet por sua nomeação há um ano. Segundo ele, colaborou em "refutar o processo da Bolívia assegurando a soberania nacional sobre todo o nosso território".

A Bolívia apresentou em 2013 uma demanda diante da CIJ em busca de sua centenária exigência de saída ao mar, perdida durante uma guerra com o Chile no século XIX, e este ano ambos os governos apresentaram os argumentos perante a Justiça.

Chile e Bolívia carecem de relações diplomáticas desde 1978 por suas divergências marítimas.


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