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Estado de Minas

Forças iraquianas isolam Mossul de territórios sírios controlados pelo EI


postado em 23/11/2016 15:55

As forças iraquianas isolaram a cidade de Mossul dos outros territórios controlados pelos extremistas do grupo Estado Islâmico (EI), fechando o cerco na segunda maior cidade do Iraque.

A oeste da cidade, as forças paramilitares Hachd al-Chaabi ("Mobilização Popular") chegaram à rota que liga Tal Afar a Sinjar, segundo fontes da segurança, cortando, assim, as rotas de abastecimento entre Mossul e os territórios controlados pelo EI no leste da Síria.

"As tropas do Hachd cortaram a estrada de Tal Afar-Sinjar", que une Mossul à cidade síria de Raqa, anunciou nas redes sociais o comandante desta milícia xiita, Abu Mahdi al Mohandis.

Este avanço significa que os 3.000 a 5.000 extremistas presentes em Mossul, segundo estimativas americanas, estão cercados por todos os lados.

Ao norte e ao sul, os peshmergas (combatentes curdos) e outras tropas se aproximam da cidade, enquanto dentro de Mossul, as tropas de elite iraquianas (CTS) reivindicam claros avanços nos bairros da zona leste.

Mais de dois anos após a proclamação do "califado" do EI, os territórios controlados pelo grupo radical sunita diminuíram enormemente.

Do lado sírio, uma aliança curdo-árabe lançou em 5 de novembro uma ofensiva para recuperar Raqa, ainda sob controle extremista.

As forças iraquianas lançaram em 17 de outubro uma ofensiva para retomar Mossul do EI, com a ajuda da coalizão internacional dirigida por Washington.

O EI conquistou esta cidade em junho de 2014, e a converteu em seu reduto.

'40% da zona leste de Mossul controlada'

No oeste, as tropas do Hachd avançaram nos últimos dias em Tal Afar, a 50 km de Mossul, após tomar seu aeroporto.

Uma fonte de segurança curda disse à AFP que os homens do Hachd se reuniram com outras forças anti-EI, entre elas combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), em três localidades da zona.

No outro extremo da linha de frente, tropas de elite do CTS "tomaram o controle de mais de 40% da zona leste de Mossul", assegurou à AFP seu comandante, o tenente-general Abdelghani al-Assadi.

"Apesar da forte resistência, vamos eliminá-los", afirmou. Um dia antes, a coalizão bombardeou uma das últimas pontes da cidade sobre o rio Tigre, em uma tentativa de isolar o EI.

Mas, em Mossul, mais do que em outros lugares, os combatentes islâmicos oferecem uma resistência feroz, replicando com ataques suicidas, carros-bomba ou disseminando explosivos em casas e prédios.

Resta ser conquistada a parte oeste da cidade.

Mas neste bairro, onde se concentra a maioria dos redutos extremistas, vielas estreitas prometem tornar a tarefa ainda mais difícil para as forças do governo e seus veículos blindados.

Os combates já forçaram cerca de 70.000 pessoas a fugir, porém mais de um milhão de civis continuam presos em Mossul.

"As condições de recepção são atualmente suficientes nos campos de deslocados para atender às necessidades básicas das pessoas, mas tememos a chegada de dezenas de milhares de pessoas nas próximas semanas", disse Becky Bakr Abdullah, porta-voz do Conselho Norueguês de Refugiados.

A ONU, que havia solicitado 284 milhões de dólares para enfrentar a crise humanitária em Mossul, recolheu apenas dois terços deste valor, afirmou a porta-voz, ressaltando que isto "freia consideravelmente nossos esforços para nos preparar para esta possibilidade de êxodo em massa".

A evacuação da população permitiria às forças iraquianas recorrer a armas pesadas contra os extremistas.

Mas as autoridades do país querem evitar uma destruição em massa nesta grande cidade do norte do Iraque.


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