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Estado de Minas

Marco Rubio defende na Flórida maioria republicana no Senado


postado em 07/11/2016 14:10

O cubano-americano Marco Rubio foi humilhado por Donald Trump durante as primárias. Mas a estratégia do senador pela Flórida foi apoiar o candidato republicano para defender a maioria de seu partido na Câmara Alta.

Rubio, que fala espanhol fluentemente e tem o sólido apoio da comunidade latina na Flórida, defende seu assento contra o representante democrata Patrick Murphy, um defensor de causas ambientais que promete trabalhar a partir de um enfoque bipartidário.

A competição é acompanhada de perto por todo o país porque os democratas precisam ganhar apenas quatro assentos para conquistar um empate na Câmara Alta e, embora as pesquises mostrem uma clara vantagem de Rubio, tudo pode acontecer no imprevisível estado da Flórida.

No blog de política FiveThirtyEight, o analista Harry Enten incluiu a Flórida entre os 11 locais que votarão pelo Senado (de um total de 34 assentos em disputa) que deverão ser acompanhados de perto nas eleições de terça-feira.

Os democratas têm altas chances de ganhar Illinois, Wisconsin e Pensilvânia. Ainda precisam conquistar um quarto assento para alcançar um empate (que seria dirimido pelo vice-presidente) ou um quinto para conquistar a maioria.

Missouri, Nevada e New Hampshire "são os três assentos onde muito provavelmente a maioria do Senado será decidida", escreveu Enten. Mas também é plausível uma vitória democrata em Indiana, Carolina do Norte e, de forma mais improvável, mas não impossível, na Flórida.

De acordo com uma pesquisa da Universidade Quinnipiac divulgada nesta segunda-feira, Rubio lidera com folga a disputa sobre Murphy (50-43). Por sua vez, na corrida presidencial, a diferença entre a democrata Hillary Clinton (46%) e Trump (45%) é mínima na Flórida, um estado pendular chave para chegar à Casa Branca.

- A aposta por Trump -

Rubio se retirou em março das primárias republicanas após uma derrota humilhante em seu estado contra Trump, que chamava seu concorrente de "pequeno Marco" e fazia piada com seu suor.

Apesar desta novelesca troca de insultos que tomou conta das primárias, Rubio apoiou o candidato republicano desde que decidiu de última hora buscar sua reeleição como senador pela Flórida para defender a maioria republicana.

Esta decisão foi muito polêmica, sobretudo depois que outros proeminentes republicanos se afastaram de Trump.

"Na política você tem que engolir muitos sapos. Foi mais que embaraçosa sua relação com Trump nas primárias e agora também é embaraçoso para ele ter que apoiá-lo", disse Eduardo Gamarra, professor de Ciência Política da Universidade Internacional da Flórida.

"Mas Marco Rubio apenas com o voto hispânico não vence. Precisa do voto branco conservador do norte da Flórida", explicou.

E a atração de Rubio entre os hispânicos é tão forte que a impopularidade do magnata imobiliário neste eleitorado, que despreza Trump profundamente, não o afetou.

Por isso, com esta estratégia considerada indigna por seus opositores, Rubio conseguiu seduzir tanto seus fieis hispânicos quanto os brancos republicanos que votarão em Trump.

"Simplesmente porque é cubano, os cubanos, que são muito solidários com sua gente, vão votar nele", comentou Gamarra à AFP. "O interessante será ver como votarão os porto-riquenhos", que são majoritariamente democratas.

Murphy, por sua vez, atrai os democratas não hispânicos, os brancos escolarizados, os afro-americanos e os judeus, mas não consegue despertar o interesse dos hispânicos.

Apesar das intensas campanhas feitas a seu favor por Hillary Clinton e pelo presidente Barack Obama em seus frequentes comícios na Flórida, Murphy não é um candidato sedutor.

"O representante Patrick Murphy não está conseguindo o apoio que um democrata precisa entre as mulheres e os eleitores não brancos para superar a liderança de Marco Rubio entre os homens e os eleitores brancos", disse Peter Brown, diretor-assistente da Quinnipiac University Poll.

De acordo com o instituto Pew, 31% dos eleitores hispânicos na Flórida são de origem cubana. Os hispânicos, em geral, compõem 18,1% do eleitorado deste estado de 20 milhões de habitantes no sudeste do país.


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