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Estado de Minas

Governo e oposição fecham propostas para novo acordo com Farc


postado em 04/11/2016 00:07

As reuniões entre o governo e a oposição na Colômbia sobre um novo acordo com as Farc terminaram nesta quinta-feira e as propostas acertadas serão levadas à guerrilha para sua avaliação, informou o ministro do Interior, Juan Fernando Cristo.

Segundo Cristo, após cinco dias e muitas horas de reuniões as partes conseguiram concluir um documento "com propostas e opções" dos setores que promoveram a vitória do "Não" no referendo sobre o acordo com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), realizado em 2 de outubro passado.

O presidente Juan Manuel Santos, que está na Europa, havia defendido nesta quinta-feira a prorrogação do diálogo com a oposição por mais alguns dias.

"As mais de 400 propostas recebidas se organizaram em torno de 60 eixos temáticos, sobre os quais os representantes do 'Não' precisaram suas diferentes propostas. Houve temas polêmicos, mas sempre discutidos com respeito e espírito construtivo", declarou Cristo à imprensa.

"Este exercício permitiu construir um documento (...) no qual se identificam os temas que exigem maior precisão e, na opinião dos representantes do 'Não', alterações no acordo".

As propostas serão apresentadas às Farc por uma equipe liderada pelo alto comissário para a paz, Sergio Jaramillo, que viajará na manhã desta sexta-feira a Havana.

"Apesar da complexidade e da dificuldade dos temas, esperamos poder avançar na construção de um novo acordo, no menor tempo possível. Há sentido de urgência", disse Cristo.

Após o acordo ser rejeitado no referendo - por pequena margem - Santos iniciou negociações com a oposição, liderada principalmente pelo ex-presidente Álvaro Uribe, visando um novo tratado.

A oposição critica principalmente a "impunidade total" e a elegibilidade política que, segundo seu conceito, os acordos concedem a guerrilheiros envolvidos em crimes atrozes.

A Colômbia registra mais de 260 mil mortos em meio século de violência fratricida, envolvendo guerrilheiros, paramilitares e as forças públicas.


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