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Estado de Minas

Fechado acordo para criar maior reserva marítima do mundo


postado em 28/10/2016 01:55

Uma comissão internacional chegou, nesta sexta-feira (28), a um acordo para a criação da maior reserva marinha do mundo para conservar as águas da Antártica, após anos de negociações sem sucesso.

O acordo firmado pela Comissão para a Conservação dos Recursos Vivos Marinhos Antárticos (CCRVMA) conseguiu estabelecer, finalmente, a criação de uma reserva gigante na zona do mar de Ross, uma imensa baía no Pacífico, indicou o ministro das Relações Exteriores da Nova Zelândia, Murray McCully.

O ministro revelou que o texto exigiu algumas mudanças para se obter o apoio unânime dos 25 membros, mas garantiu que o acordo final conjuga proteção da vida marinha, pesca sustentável e interesses dos cientistas.

"As fronteiras, de qualquer forma, permaneceram inalteradas".

O Mar de Ross, sob a jurisdição da Nova Zelândia, é conhecido como o "último oceano" por seu ecossistema marinho intacto, sem contaminação, pesca excessiva ou espécies invasoras.

A área protegida cobre mais de 1,55 milhão de quilômetros quadrados, dos quais 1,12 milhão são zonas vedadas à pesca.

Esta comissão, criada em 1982 por uma convenção internacional, toma suas decisões por consenso.

"Pela primeira vez, os países superaram suas divergências para proteger uma grande área do oceano austral e águas internacionais", celebrou Mike Walker, diretor do projeto da organização Antarctic Ocean Alliance.

No oceano Antártico, que representa 15% da superfície dos oceanos, há ecossistemas excepcionais, que contêm mais de 10.000 espécies únicas, muitas preservadas das atividades humanas mas ameaçadas pelo desenvolvimento da pesca e da navegação.

A Rússia era o último país a se opor à reserva, por sua preocupação em torno dos direitos de pesca. No ano passado, a China anunciou seu apoio ao santuário natural.

"Quando chegamos a Hobart (Austrália) não sabíamos qual seria o resultado e era necessário que a Rússia apoiasse", explicou à AFP Evan Bloom, diretor da delegação americana.

"Tivemos longas conversas com eles. O secretário (de Estado John) Kerry contactou o presidente (russo Vladimir) Putin e o (chanceler Sergei) Lavrov e acredito que isto ajudou a convencer a Rússia".


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