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Estado de Minas

Oposição na Venezuela nega diálogo com governo


postado em 24/10/2016 23:10

O ex-candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles negou nesta segunda-feira que a oposição tenha iniciado um diálogo com o governo do presidente Nicolás Maduro, após o anúncio do emissário do Papa Francisco, Emil Paul Tscherrig, sobre as conversações.

"Qual diálogo?! Na Venezuela não iniciamos qualquer diálogo (...) Eles pretendem usar a boa-fé do Papa Francisco, a boa-fé do núncio argentino, para dizer: aqui não está acontecendo nada" - denunciou Capriles em transmissão ao vivo na Periscope.

Simultaneamente, o deputado Luis Florido, do partido Vontade Popular - fundado pelo opositor detido Leopoldo López, também negou o diálogo.

"Não iniciamos qualquer diálogo, é incerto que haja as condições para tal", declarou Florido, presidente da comissão de política externa do Parlamento, controlado pelo opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD).

Em uma inesperada entrevista coletiva, Tscherrig anunciou que "hoje se iniciou o diálogo nacional durante um encontro entre representantes do governo e da oposição, com o propósito de estabelecer as condições para convocar uma reunião plenária na Ilha Margarita, no dia 30 de outubro".

Mas Capriles afirmou não ter conhecimento sobre este consenso. "Uma reunião em Margarita jamais foi considerada. Soube disto pela televisão".

Tanto Capriles como Florido reafirmaram os apelos ao protesto nacional convocado para a próxima quarta-feira contra a paralisação do referendo.

"Não podemos ir para um processo de diálogo que permita ao governo dizer que aqui não está acontecendo nada. Tenham a absoluta segurança de que a oposição não vai se prestar a isto", declarou Capriles, governador do estado de Miranda.

"O povo é que tem que decidir. Não se resolve a crise sentando com o governo para tirar uma foto. O governo está jogando com esta situação, quer destruir a unidade" da oposição.

Em comunicado, a Vontade Popular destacou que "hoje não há condição (para o diálogo) devido à persistência do regime em promover o confronto sociopolítico, a perseguição e o medo entre todos os que pensam diferente".


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