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Estado de Minas

Dia do Trabalho tem manifestações em todo o mundo


postado em 01/05/2016 14:07

Manifestações pelo 1º de Maio aconteceram neste domingo em todo o mundo, com gritos de apoio ao governo de Cuba e protestos contra os cortes sociais em Madri, a menos de dois meses das eleições legislativas na Espanha.

Em Madri, milhares de pessoas, incluindo os líderes do Partido Socialista, Pedro Sánchez, e do partido Esquerda Unida, Alberto Garzón, participaram de uma marcha organizada pelos sindicatos CCOO e UGT, atrás de uma faixa em que se lia: "Contra a pobreza salarial e social, trabalho e direitos".

A oito semanas das eleições legislativas, lemas como "Contra os cortes, pelas pensões" dirigiam-se ao governo conservador, enquanto outros, como "Ninguém é ilegal" ou "Não ao TTIP", visavam à União Europeia (UE), sua política de imigração e ao projeto de tratado de livre-comércio com os Estados Unidos.

Em Cuba, centenas de milhares de trabalhadores marcharam em apoio às medidas de flexibilização econômica de Raúl Castro e aos governos ameaçados de Brasil e Venezuela.

Em Istambul, Turquia, a polícia usou gás lacrimogêneo e jatos d'água para dispersar os manifestantes em vários pontos da cidade, principalmente nos arredores da célebre praça Taksim, onde costuma haver protestos.

Militantes do Partido Democrata dos Povos (HDP, pró-curdos) também foram dispersados pela polícia, que mobilizou quase 25 mil agentes e fechou ruas por ocasião do Dia do Trabalho, quando costumam ocorrer confrontos entre militantes contrários ao poder e forças de segurança.

Na Rússia, cerca de 100 mil pessoas, segundo a polícia, participaram em Moscou de uma grande manifestação organizada na Praça Vermelha, agitando bandeiras e balões em frente ao Kremlin, o que lembrou os grandes desfiles da extinta União Soviética.

Na Polônia, centenas de manifestantes se reuniram em Varsóvia, convocados pelo sindicato OPZZ e o partido de esquerda SLD, e marcharam com calma pelas ruas da capital, onde ocorreram outras passeatas, menores, convocadas por organizações de esquerda.

- 'Todo mundo odeia a polícia' -

Na Itália, uma manifestação que uniu os três principais sindicatos (CGIL, CISL e UIL) ocorreu sem incidentes na manhã deste domingo, sob chuva, nas ruas de Gênova, na presença de cerca de 5 mil pessoas.

Na Coreia do Sul, dezenas de milhares de pessoas protestaram contra a anunciada reforma das condições de trabalho, um projeto da presidente Park Geun-Hye e de seu partido, conservador, que prevê facilitar as demissões.

Na França, a festa acontecia em um ambiente particularmente tenso, após dois meses de protestos contra um projeto de lei do trabalho e numerosas manifestações marcadas pela violência. Uma passeata de sindicatos, reunidos pela primeira vez em sete anos, começou às 14h30 locais, sob vigilância policial. Pouco depois, foram registrados os primeiros incidentes isolados.

Jovens encapuzados e usando capacetes atiraram garrafas contra as forças de ordem, gritando: "Todo mundo odeia os policiais." A polícia respondeu lançando gás lacrimogêneo.

O governo havia alertado para eventuais "agitadores" e colocou em prática uma série de medidas para evitar confrontos.

Na Áustria, o chanceler social-democrata Werner Faymann foi recebido com gritos pedindo a sua demissão, ao se dirigir a uma multidão de cerca de 80 mil pessoas em Viena, enquanto tentava defender a política migratória e de emprego da grande coalizão que dirige com os democrata-cristãos.

O Dia do Trabalho, comemorado em diversos países, foi instituído em Chicago, em 1886, por iniciativa de um movimento sindical que reivindicava uma jornada de trabalho de oito horas.


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