A crise de imigração é uma "ameaça quase existencial" para a Europa, estimou neste sábado o secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry.
"Os Estados Unidos entendem a natureza quase existencial desta ameaça à estrutura política e da vida na Europa", disse Kerry na Conferência de Segurança de Munique (Alemanha).
"E é por isso que nos unimos e iniciamos uma missão da Otan para fechar um rota (migratória) chave e vamos nos unir de outras maneiras para conter esta maré devido a seu potencial para atentar contra a unidade europeia", disse.
Kerry se referia à missão da Otan que deve ajudar na luta contra os traficantes que organizam as travessias pelo mar de imigrantes entre Turquia e Grécia.
"Não dizemos 'é problema seu, não nosso'. É nosso problema", ressaltou o chefe da diplomacia americana referindo-se à "crise humanitária mais grave da Europa desde a Segunda Guerra Mundial".
Os países da União Europeia estão divididos sobre a resposta a ser dada para os países membros da UE, uma posição criticada por inúmeros países.
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, se disse "não favorável" a um mecanismo permanente de partilha.
A UE deve transmitir a mensagem de que "não vai acolher mais refugiados", disse o chefe de governo, em Munique.