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Estado de Minas

Fechado acordo para suspender hostilidades por uma semana na Síria


postado em 12/02/2016 00:55

Os principais atores envolvidos na crise na Síria chegaram a um acordo, nesta quinta-feira à noite, sobre uma "suspensão das hostilidades" nesse país durante uma semana e sobre um maior acesso da ajuda humanitária aos civis.

"Acertamos uma suspensão das hostilidades em todo o país no prazo de uma semana" e a ampliação da ajuda humanitária para uma série de cidades, declarou o secretário de Estado americano, John Kerry, ao final de uma reunião de mais de cinco horas em Munique, no sul da Alemanha.

Segundo o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, Estados Unidos e Rússia vão dirigir as "modalidades" da implantação desse cessar-fogo.

A suspensão das hostilidades afetará todas as partes em conflito, salvo os "grupos terroristas Daesh [acrônimo em árabe do grupo Estado Islâmico] e Al-Nosra [vinculada à rede Al-Qaeda]", explicou Kerry.

"Também concordamos em acelerar e ampliar a entrega de ajuda humanitária a partir desse momento" a uma série de cidades sitiadas, acrescentou o secretário americano, que citou, entre outras, Deir Ezzor, no leste, onde o EI cerca as forças leais ao governo Al-Assad.

Um grupo de trabalho dirigido pela ONU se reúne a partir desta sexta, em Genebra, para pôr em prática o avanço humanitário, que contará com "balanços semanais", completou Kerry.

Suspensas no início de fevereiro por causa de uma ofensiva do governo apoiada pela Aviação russa contra os rebeldes, as negociações de paz entre as diferentes partes em conflito na Síria devem "ser retomadas o quanto antes", insistiu o chefe da diplomacia americana.

Essas negociações devem acontece "sem ultimatos, ou condições prévias", afirmou Lavrov.

Em nota divulgada após o encontro, já na sexta-feira (horário local), a Grã-Bretanha considerou que o acordo poderá ser aplicado com sucesso apenas com "uma mudança de comportamento" de Damasco e da Rússia.

"Se for aplicado completamente e de maneira apropriada", o acordo "será um passo importante para o fim dos massacres e do sofrimento na Síria", declarou o chanceler britânico, Philip Hammond, em um comunicado.

Segundo ele, o acordo "terá sucesso apenas se houver uma mudança de comportamento por parte do regime sírio e de seus apoios", em referência à Rússia.

Desde o final de setembro, Moscou dá suporte às tropas de Bashar Al-Assad com bombardeios aéreos.

A Rússia "afirma que bombardeia os grupos terroristas, mas bombardeia normalmente grupos não extremistas e civis", denunciou Hammond, insistindo em que, "para que este acordo funcione, esses bombardeios devem terminar".


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