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Estado de Minas

Munique recebe mais uma reunião internacional sobre a guerra na Síria


postado em 11/02/2016 06:07

Washington e seus aliados pressionarão nesta quinta-feira Moscou em Munique para tentar obter um cessar-fogo na Síria e conter a onda de refugiados que, em fuga das bombas russas, lotam a fronteira com a Turquia.

Na cidade do sul da Alemanha, os chanceleres dos principais países envolvidos no conflito sírio, que provocou mais de 260.000 mortes desde 2011, também desejam retomar as negociações de paz.

O secretário de Estado americano, John Kerry, que se mostrou otimista sobre a reunião de Munique, pediu ao chefe da diplomacia da Rússia, Serguei Lavrov, para que trabalhe em um cessar-fogo e contribua a criar um clima que possibilite as negociações.

Mas analistas duvidam de um resultado concreto.

"Kerry continua pensando que apenas com seu encanto pode obter algo de alguém (Lavrov) que mente descaradamente há dois anos", afirmou o analista Joseph Bahout, da Fundação Carnegie em Washington.

"Não há nada que esperar dos americanos. São apenas palavras", completa o analista, para quem "o único plano B seria levar a sério a proposta saudita de tropas terrestres".

Em Bruxelas, os ministros da Defesa da coalizão militar, liderada pelos Estados Unidos, também se reunirão na quinta-feira para reforçar a luta contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) que, segundo Washington, se aproveita do avanço do regime sírio ante os rebeldes mais moderados.

Washington pediu aos russos a interrupção dos bombardeios que "matam mulheres e crianças em grande número", obrigando por sua vez milhares de civis a fugir de Aleppo (norte), onde as forças governamentais iniciaram uma ofensiva em fevereiro.

Esta ofensiva deixou até o momento 500 mortos, incluindo uma centena de civis, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

A Rússia reafirmou a intenção de continuar com os "legítimos" ataques contra "terroristas", mas prometeu propor "novas ideias" em Munique para avançar a um cessar-fogo.

As negociações na Alemanha abordarão especialmente um acesso humanitário às cidades cercadas pelas forças pró-governo, especialmente Aleppo, onde os rebeldes estão retidos nos bairros da zona leste com 350.000 civis.


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