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Estado de Minas

Obama pedirá US$ 1,8 bi ao Congresso para luta contra zika


postado em 08/02/2016 17:40

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedirá ao Congresso cerca de US$ 1,8 bilhão para um fundo de urgência de luta contra o vírus do Zika, que se propaga rapidamente por todo o continente americano.

Em nota oficial, a Casa Branca informou nesta segunda-feira que Obama apresentará "em breve" um pedido formal ao Congresso por esses recursos para "fortalecer nossos esforços de preparação e resposta ao vírus zika, tanto no âmbito doméstico quanto internacional".

Em declarações à emissora de televisão CBS, Obama disse que é necessário "levar isso muito a sério". Ele ressaltou, porém, que se deve evitar "o pânico".

"A boa notícia é que, ao contrário do ebola, ninguém morre de zika. Muita gente contrai o vírus e nem fica sabendo. Mas sabemos que, aparentemente, há um risco significativo para grávidas, ou mulheres que planejem engravidar", comentou.

De acordo com a Casa Branca, o pedido de Obama ao Congresso contempla US$ 828 milhões de fundos de emergência ao Centro de Controle e de Prevenção de Doenças, e US$ 200 milhões para investigações para o desenvolvimento de uma vacina.

O diretor do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, Anthony Fauci, disse à imprensa que as perspectivas para a obtenção de uma vacina apontam a possibilidade de iniciar testes "no verão (hemisfério norte)".

"Dificilmente, teremos uma vacina que esteja amplamente disponível, mas, com certeza, podemos dar os primeiros passos", acrescentou Fauci.

Luta na frente externa

Obama também pedirá ao Congresso, controlado pelo Partido Republicano, um pacote de US$ 335 milhões que serão destinados, por meio da Agência para o Desenvolvimento Internacional (USAid), para países afetados pelo surto de zika.

O Departamento de Estado americano seria receptor de um pacote adicional de US$ 41 milhões para auxílio a americanos no exterior e "suporte aos esforços do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil".

O Brasil é o mais afetado pelo zika e com maior número de casos registrados de microcefalia em recém-nascidos.

A proposta a ser enviada ao Congresso também inclui US$ 250 milhões para a assistência médica via seguros de saúde, e US$ 210 milhões para a criação de novos centros de resposta ao surto, assim como de apoio a centros comunitários de saúde em Porto Rico.

Na sexta-feira, o governador deste estado livre associado aos Estados Unidos, Alejandro García Padilla, declarou situação de emergência sanitária na ilha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) já declarou emergência médica global diante da rápida propagação do vírus, e vários países tomaram a iniciativa de pedir às mulheres que evitem engravidar no momento.

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPS), pelo menos 26 países do continente já foram afetados pelo zika.

Um vetor para três doenças

A maioria dos americanos infectados pelo vírus viajou para regiões onde o mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, é comum. O mosquito também é vetor da dengue e da chincungunha.

O governo americano confirmou, porém, um caso de transmissão sexual do vírus Zika no país.

O zika se espalha extremamente rápido pela América do Sul e América Central. As autoridades americanas temem que, com a chegada da primavera e do verão no hemisfério norte, o Aedes aegypti alcance os estados do sul do país.

Em 80% dos casos, o zika se manifesta com sintomas similares aos de uma gripe e pode, inclusive, passar despercebido.

Em 2014, Obama lançou um chamado global de ação contra o ebola e, em seu último discurso no Congresso sobre o Estado da União, pediu um esforço extraordinário para derrotar o câncer nas próximas décadas.


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