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Estado de Minas

Imprensa internacional reforça dificuldade do país em lidar com o zika vírus

Jornal inglês repercutiu o alerta de emergência internacional da OMS. "O governo ainda se esforça para compreender e lidar com a epidemia"


postado em 02/02/2016 14:25 / atualizado em 02/02/2016 14:30


A explosão do número de casos de microcefalia no Brasil voltou a ganhar destaque na mídia internacional nos últimos dias. O jornal inglês The Guardian trouxe na edição dessa segunda-feira uma matéria repercutindo a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) em decretar emergência em saúde pública de interesse internacional em razão do aumento de casos de infecção pelo vírus zika identificados em diversos países e de uma possível relação da doença com quadros registrados de malformação congênita e síndromes neurológicas. A decisão foi tomada após reunião de um comitê de emergência em Genebra, convocado pela entidade na última sexta-feira (29) para tratar do assunto.

O periódico aponta que o Brasil enviou centenas de milhares de soldados em campanhas de erradicação do mosquito nas áreas mais afetadas, mas destacou que o governo ainda se esforça para compreender e lidar com a epidemia. Com mais de 1,5 milhão de contágios desde abril, o Brasil é o país mais afetado pelo vírus, seguido pela Colômbia, que no sábado anunciou mais de 20 mil casos, 2 mil deles em mulheres grávidas. O alerta também soou na Europa e Estados Unidos, onde o vírus foi detectado em dezenas de pessoas que viajaram ao exterior. 

 

A publicação traz, ainda, uma fala do ministro da Saúde, Marcelo Castro, enfatizando a dificuldade de conter o vírus e a doença. "Oitenta porcento das pessoas infectadas pelo zika não desenvolvem sintomas significativos", disse o ministro à Reuters. "Um grande número de pessoas que têm o vírus sem sintomas, por isso, a situação é mais grave que podemos imaginar."

O jornal repercutiu ainda a declaração da presidente Dilma Roussef no último fim de semana. "A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, reconheceu no fim de semana que o país estava perdendo a batalha. "Nós não temos uma vacina para zika ainda. A única coisa que podemos fazer é lutar contra o mosquito ", disse ela a jornalistas durante uma visita à sede de emergência da campanha anti-Zika. "Enquanto [os mosquitos] estão se reproduzindo, todos nós estamos perdendo a batalha. Temos de mobilizar para ganhá-la ".

Demora  A publicação destaca que a OMS teme a falta de imunidade entre a população e a ausência de vacinas e tratamentos específicos e testes rápidos. Em declaração recente, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, disse que a grande aposta contra o vírus zika é o desenvolvimento de uma vacina. No entanto, reconheceu que a conclusão dos estudos sobre o imunizante deve demorar pelo menos dois anos.

Repercussão

No último dia 19, o The Guardian apontou que o alerta internacional em relação ao zika veio à tona duas semanas antes das celebrações do carnaval em âmbito nacional – "um destaque do calendário do turismo do Brasil", e 200 dias antes dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.

A publicação diz, ainda, que especialistas em saúde não têm certeza de por que o vírus se espalhou tão rapidamente no Brasil, mas alertam que "grandes eventos turísticos podem dar a oportunidade do vírus se multiplicar e se espalhar para outras partes do mundo".


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