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Estado de Minas

Israel retira UE do processo de paz por etiquetagem de produtos das colônias


postado em 29/11/2015 20:31

Israel anunciou neste domingo a suspensão de contatos com a União Europeia (UE) sobre o conflito entre israelenses e palestinos em resposta à decisão de Bruxelas de exigir a etiquetagem dos produtos fabricados nas colônias israelenses dos territórios ocupados.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "ordenou a suspensão dos contatos diplomáticos com as instituições da União Europeia e seus representantes sobre esse assunto", de acordo com um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Em 11 de novembro, a Comissão Europeia adotou "a notificação interpretativa sobre a indicação de origem de mercadorias provenientes dos Territórios ocupados por Israel desde junho de 1967", na Cisjordânia e nas colinas do Golã.

Essa medida foi considerada "discriminatória" por Israel e algo pelo que "a UE deveria se envergonhar", segundo palavras do primeiro-ministro Netanyahu.

"A decisão da UE é hipócrita, baseada em uma política de dois pesos e duas medidas, já que afeta apenas Israel, e não os 200 conflitos restantes ao redor do mundo", completou Netanyahu, considerando que "a etiquetagem de produtos do Estado judaico (...) desperta as piores lembranças. A Europa deveria ter vergonha".

Na mesmo época, a Chancelaria israelense também denunciou motivações "políticas" da UE e considerou a medida como "discriminatória, inspirada pelo movimento de boicote".

Depois do anúncio da medida, o vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, defendeu a decisão, explicando que era "técnica, e não política".

A UE "não apoia, de modo algum, um boicote, ou sanções contra Israel", de acordo com nota do bloco, acrescentando que "a Comissão fornece um guia aos Estados-membros e aos operadores econômicos para garantir a aplicação uniforme das regras sobre a indicação dos produtos das colônias israelenses".

Neste domingo, a polícia israelense matou dois palestinos em Jerusalém.

Em um comunicado, as autoridades informaram que os policiais dispararam contra o palestino Ayman Abasi, de 17 anos, que estaria carregando um coquetel molotov.

Mais cedo, um palestino de 38 anos foi baleado por policiais por esfaquear um guarda de fronteira israelense na Porta de Damasco, na Cidade Antiga de Jerusalém.

O homem morto foi identificado como Basem Salah, natural de Nablus, na Cisjordânia. O guarda de fronteira está hospitalizado.

Em outro ataque, uma mulher estrangeira de 30 anos foi ferida por uma punhalada em um ponto de ônibus de Jerusalém Ocidental.

O agressor foi detido, segundo a polícia. A vítima foi internada depois de ser ferida nas costas.

As duas mortes deste domingo elevam a 100 o número de palestinos falecidos desde a explosão de uma nova onda de violência em 1º de outubro. Muitos deles morreram após ataques a integrantes das forças de segurança israelenses ou civis, ou durante tentativas frustradas.

A violência também matou 17 israelenses, um americano e um cidadão da Eritreia.


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