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Estado de Minas

Tunísia declara estado de emergência e toque de recolher após ataque

Dezesseis pessoas ficaram feridas na explosão de um ônibus da guarda presidencial tunisiana em Túnis. De acordo com o porta-voz da Presidência, tratou-se de "um atentado"


postado em 24/11/2015 18:22 / atualizado em 24/11/2015 19:49

(foto: AFP PHOTO / FETHI BELAID )
(foto: AFP PHOTO / FETHI BELAID )
O presidente tunisiano, Béji Caïd Essebsi, declarou estado de emergência no país e toque de recolher na região metropolitana de Túnis, nesta terça-feira, depois do atentado a um ônibus da guarda presidencial. O atentado deixou pelo menos 12 mortos. "Em vista desse acontecimento doloroso, dessa grande tragédia (...) eu proclamo estado de urgência por 30 dias, nos termos da lei, e toque de recolher na região metropolitana de Túnis, a partir das 21h (horário local) e até as 5h (horário local)", declarou o chefe de Estado em um breve pronunciamento em rede nacional.

Hoje, o presidente francês, François Hollande, condenou "nos mais duros termos" o "covarde" atentado, de acordo com nota divulgada pelo Palácio do Eliseu. "Em Túnis, assim como em Paris, é o mesmo combate para a democracia contra o obscurantismo", ressalta Hollande. "A França está, mais do que nunca, ao lado da Tunísia, de suas autoridades e de suas forças de segurança, nesses momentos dolorosos", completou o comunicado.

Em entrevista ao Canal+, transmitida nesta terça à noite, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, também reagiu ao ataque, destacando que "todas as democracias são alvo do terrorismo". "A democracia tunisiana é, de novo, atacada, motivo pelo qual temos de defender e compreender que todas as democracias são, hoje, alvo do terrorismo, qualquer que seja ele, e, sobretudo, do Daesh (acrônimo em árabe do Estado Islâmico)", declarou Valls. "Por que atacam a Tunísia? Porque é um exemplo, é uma Primaverá Árabe bem-sucedida, graças à juventude e ao povo tunisiano. É o contra-exemplo que alguns querem abater, então, é preciso apoiar essa democracia que enfrenta com muita coragem inúmeros desafios e, principalmente - o desafio terrorista", completou o premiê.

Pelo menos 12 pessoas morreram, e outras 16 ficaram feridas, na explosão de um ônibus da guarda presidencial tunisiana em Túnis, na tarde desta terça. De acordo com o porta-voz da Presidência, Moez Sinaoui, tratou-se de "um atentado".

Um funcionário do Ministério do Interior disse à AFP que a deflagração aconteceu perto de uma das principais vias da capital. O ônibus ficou quase todo carbonizado, perto da avenida Mohamed-V, nos arredores de um cruzamento que foi cercado. Várias ambulâncias, bombeiros e forças de segurança seguiram para o local. "A maioria dos agentes que estavam no ônibus está morta", informou uma fonte de segurança.

Até o momento, o Ministério do Interior não divulgou o número de pessoas a bordo do veículo. Também não se sabe ainda a motivação do ataque. A Tunísia foi alvo de vários ataques ao longo deste ano, entre eles dois sangrentos atentados contra o Museu do Bardo, em Túnis, em março passado, e contra um hotel perto de Sousse, no final de junho. Neste último, morreram pelo menos 60 pessoas.


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